A morte de um menino de 9 anos ocorrida na tarde de terça-feira na localidade da Catraia do Sortelhão (Guarda) poderá ter sido causada pela mãe, admitiu fonte da Polícia Judiciária (PJ).
As autoridades estão a investigar as circunstâncias em que tudo aconteceu nesta anexa de Santa d’Azinha, mas para a PJ a «hipótese mais provável» será a de homicídio da criança por parte da mãe, Ilda Gonçalves, com 47 anos, que «tentou suicidar-se a seguir» com medicamentos. Os investigadores acreditam que o menino poderá ter sido asfixiado com auxílio de uma peça de roupa. A progenitora foi assistida no local e transportada posteriormente para as Urgências do Hospital da Guarda. O comandante dos bombeiros da Guarda, Paulo Sequeira, adiantou que quando os voluntários chegaram ao local depararam-se «com duas vítimas», sendo que a mãe estava consciente e o filho encontrava-se em paragem cardiorrespiratória. Os bombeiros e os elementos da Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) ainda realizaram manobras de reanimação e suporte avançado de vida à criança, «mas sem êxito».
Segundo apurou O INTERIOR, a suspeita, que alegadamente estaria a sofrer de depressão há algum tempo, terá deixado uma carta a pedir desculpa à família. A mulher chegou inconsciente e em estado considerado crítico ao hospital, mas quando acordou terá confessado os factos aos inspetores da Judiciária sem adiantar quaisquer explicações. A progenitora permanece em observação, «sob vigilância psiquiátrica», confirmou fonte hospitalar.