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Lojas da Guarda com “sortes” distintas na época natalícia

Clientes gastaram menos nas compras de Natal, de olhos postos na campanha de saldos que arrancou no sábado

A crise, a emigração e a ausência de emigrantes são alguns dos argumentos apresentados por lojistas da Guarda para justificar a “quebra” de vendas na altura do Natal. No entanto, há espaços comerciais na cidade que se mostram satisfeitos com os resultados da época natalícia.

Hugo Santos, do Grupo Pinheiro, admite que o «Natal foi ligeiramente mais fraco e ficou um pouco abaixo das expetativas devido à conjuntura económica». A antecipação dos saldos, que tiveram início no sábado, é outra das justificações apresentadas pelo empresário, sendo que «esperamos que agora melhore». Para contrariar as dificuldades que se fazem sentir no “bolso” dos guardenses, as lojas têm apostado em promoções: «O comércio de roupa acaba por estar numa promoção quase permanente», evidencia o responsável do Grupo Pinheiro, que tem seis espaços comerciais no centro da cidade. Por seu lado, Luísa Rito, da Rittus Moda, já estava «a contar que fosse mais fraco por causa da crise, mas ficou um bocadinho acima das expetativas». No entanto, admite haver clientes que se «retraem» a pensar nas promoções que se seguem ao Natal: «Procuram peças mais baratas, pois os saldos começam mais cedo e preferem esperar», adianta a responsável, salientando que «a Guarda perde muita gente de ano para ano e isso reflete-se nas compras».

As expetativas para a época de saldos das lojas Rittus Modas são boas, pois «as pessoas têm vindo a procurar-nos nestes primeiros dias, a dúvida é se se vai manter a campanha toda», refere Luísa Rito. Já Delfina Roque, da loja Império Moda, em plena Rua do Comércio, considera que «ficou um pouco aquém dos outros anos, não sei se também pelo mau tempo». A comerciante acredita que «houve falta de emigrantes», ressalvando que os clientes habituais vieram «mas não compraram tanto como antes». Melhor sorte teve, alguns metros acima, a Refan Guarda, de perfumaria e cosmética natural, que abriu portas há cerca de um mês. «Correspondeu plenamente às expetativas, pois as pessoas aproveitaram o facto de se tratarem de produtos “low-cost”», sustenta João Carvalhinho. Os dias que antecederam o Natal trouxeram mais clientes, o que resultou num aumento do volume de vendas. «Esperamos que seja uma alavanca para o negócio», deseja o empresário.

E se o mau tempo sentido no dia 24 afastou os guardenses das ruas comerciais, muitos foram os que se deslocaram ao centro comercial Vivaci para as compras de última hora. «Foi o meu melhor dia de sempre aqui», conta Maria Gonçalves, da Mais Flor. «Tudo o que custava até 15 euros foi vendido. Tínhamos coisas novas, saiu tudo e repus o stock várias vezes», garante a comerciante, que faz um balanço muito positivo da quadra natalícia.

Sara Quelhas Grupo Pinheiro Rittus Moda Império Moda Refan

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