«Vista de cima, é uma cidade extraordinária e bela», admite António Saraiva, um dos autores do livro “A Guarda vista do Céu”, lançado na semana passada pela editora Argumentum. O arquitecto esclarece que não a considera feia – um dos cinco f’s do slogan da Guarda (forte, farta, fria, fiel e feia) –, mas reconhece que, «ao nível do peão, falta dar-lhe alguma reabilitação urbana».
Apesar disso, esta nova perspectiva é um bom cartão de visita e de promoção. «É um grande meio para dar a conhecer a cidade e o concelho, a sua beleza natural e o património histórico», refere o também director da Agência para a Promoção da Guarda (APGR), entidade que patrocina a publicação. De resto, António Saraiva confessou-se surpreendido com «as vistas» da Barragem do Caldeirão, do cento cívico e do parque urbano do Rio Diz, obra Polis inaugurada há dois anos. Este é o novo título da colecção “Visto do Céu”, da Argumentum, e proporciona uma surpreendente viagem de descoberta da cidade e do concelho numa perspectiva rara para a maioria das pessoas. Com 96 páginas, o livro contém 120 imagens inéditas de Filipe Jorge, «um dos grandes fotógrafos portugueses neste domínio», considera António Saraiva, autor do texto, enquanto Maria Antonieta Garcia faz a introdução histórica.
Segundo a editora, trata-se de «um álbum de interesse documental e significado cultural, onde, através de uma narrativa visual de todas as freguesias e da cidade, se ilustram as diferentes componentes ambientais, paisagísticas e urbanas do concelho». “A Guarda vista do Céu” foi editada em versão bilingue (português/inglês) e terá distribuição nacional. A obra só agora foi dada à estampa porque os autores queriam fotografar a cidade com neve. «Felizmente que nevou no último Inverno, porque em 2008 não houve neve na Guarda», referiu António Saraiva.
