O Conselho Estratégico Distrital do PSD da Guarda, cujos elementos foram apresentados na semana passada, tem até ao final do ano para elaborar um “Livro Branco da Guarda” e sistematizar um diagnóstico com as mais-valias e os entraves do distrito. «Queremos contribuir para que as pessoas possam ser felizes nesta região do interior», sintetizou Álvaro Amaro.
Formado por 15 personalidades «sem filiação partidária ou de pensamento», esclareceu o líder social-democrata, o Conselho tem por missão definir uma estratégia para o distrito da Guarda. Junta «muito saber, inteligência, experiência e disponibilidade», acrescentou, aludindo à participação de professores do ensino superior e secundário, além de empresários, advogados, gestores e engenheiros. «Os poderes públicos e, sobretudo, os político-partidários devem tomar como suas as soluções apontadas e pugnar por elas, porque na Guarda temos muitas causas comuns», disse Álvaro Amaro. Nesse sentido, espera poder debater o “Livro Branco” com os cidadãos no início do primeiro trimestre de 2008. Já Miguel Macedo, secretário-geral do PSD nacional, admitiu que os Conselhos Estratégicos são essenciais para trazer para a política «saberes e uma discussão organizada», pois a falta deles nos últimos anos fez com que «se tenha perdido alguma qualidade de intervenção e capacidade de entender e reagir aos problemas das pessoas».
Fazem parte do Conselho Estratégico, entre outros, António Quinaz (gestor de clientes), Cláudia Peixoto (advogada), Constantino Rei (director da ESTG), Alfeu Sá Marques (professor da Universidade de Coimbra), Crespo de Carvalho (empresário), Luís Borges (engenheiro), Luís Pedro Cerveira (empresário de hotelaria), Manuel Luís F. dos Santos (presidente da Fundação José Carlos Ferreira de Almeida) e Victor Cavaleiro (presidente da Faculdade de Engenharia Civil da UBI). Entretanto, o PSD guardense aproveitou a presença de Miguel Macedo para inaugurar a sua nova sede, situada agora na Rua Marquês de Pombal, nas antigas instalações do Centro da Área Educativa (CAE). A cerimónia ficou marcada por alguma ironia e muitos desafios. A começar por Álvaro Amaro, que espera que as novas instalações «não sirvam para conspirações, só para definir estratégias».
Na ocasião, o actual líder do PSD distrital recordou o trabalho de todos os seus antecessores, mas deixou uma recomendação: «Se revolvermos aqui dentro os nossos problemas, ganharemos mais credibilidade lá fora», sustentou. Por sua vez, o secretário-geral do partido, que entregou um cheque de cinco mil euros para ajudar a custear as obras, não resistiu a desafiar os social-democratas guardenses a conquistar a Câmara. «Com estas condições magníficas, é o mínimo que lhes podemos pedir», referiu.
Luis Martins
