Os 286 trabalhadores da Delphi que serão despedidos até ao final de Maio vão sair «com condições idênticas» às dos dispensados o ano passado, nomeadamente no que toca aos valores das indemnizações, informou na última quinta-feira Adelino Nunes, do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Metalúrgicas e Metalomecânicas (STIMM).
A cada um dos despedidos serão pagos dois meses de salário por cada ano de trabalho, sendo que «a situação dos casais está acautelada», disse o sindicalista após uma reunião com a administração da empresa destinada a acertar os termos em que o despedimento colectivo irá ocorrer. Ou seja, está previsto que, a exemplo do que sucedeu no ano passado – em que saíram 315 pessoas –, «haverá o cuidado social de não despedirem os dois trabalhadores do casal», dispensando um deles, «homem ou mulher, mediante a necessidade que tiverem» acrescentou Adelino Nunes. O STIMM entrou para a reunião com a esperança de que a administração da Delphi pudesse recuar no processo de despedimento colectivo ou então diminuir o número de pessoas dispensadas, «mas não foi possível», lamentou o dirigente sindical, que contou que os administradores informaram que «esta é uma decisão irreversível».
A lista com os nomes dos 286 dispensados deverá ser conhecida no decorrer desta semana, altura em que serão entregues as primeiras cartas de despedimento. Ainda de acordo com Adelino Nunes, foi confirmado que a saída dos funcionários será feita «em três fases»: um grupo maior abandonará a fábrica a 19 ou 20 de Abril, um mais pequeno a 30 de Abril e o restante na semana de 24 a 31 de Maio. No encontro, o sindicato também questionou a administração sobre o futuro da unidade e a sua continuidade na Guarda. «Foi garantido que não há intenção de encerrar a fábrica. Disseram que, com os 314 trabalhadores, a fábrica será viável e terá resultados positivos», adiantou Adelino Nunes.
