Não parece, mas amanhã será a primeira vez que os Linda Martini vão atuar na Guarda. O quarteto de Lisboa sobe ao palco do TMG para fazer história. Primeiro porque se estreiam na Guarda – onde há uma legião de fãs ansiosos para os ver – e depois porque este concerto, agendado para as 21h30, acontece numa altura em que a banda está a promover as reedições de discos anteriores.
Os Linda Martini nunca tinham feito tiragens muito grandes das suas edições até ao “Casa ocupada”. Para colmatar esta lacuna, o grupo relança este mês o duplo “Linda Martini” (2006) + “Marsupial” (2008), mas também o primordial “Olhos de mongol” (2006) e “Casa ocupada” (2010) há muito esgotados. No TMG (21h30), André Henriques, Cláudia Guerreiro, Hélio Morais e Pedro Geraldes – quatro dos cinco fundadores da banda em 2003 – vão recordar alguns dos temas destes álbuns, mas também músicas mais recentes, nomeadamente de “Turbo Lento” (2013), o seu primeiro trabalho editado por uma grande editora, a Universal. Um salto em frente que não mudou a postura e a música dos Linda Martini, que continuam rebeldes, explosivos, surpreendentes e artífices de um rock intenso e contagiante ou não fossem o punk e o hardcore as suas principais influências.
Desde a edição do primeiro EP, em janeiro de 2006, que a banda tem sido bastante acarinhada pelo público e pela crítica. Se o seu trabalho em estúdio tem sido distinguido sucessivamente pela imprensa especializada, a sua passagem pelos principais festivais de música do país é um acontecimento inesquecível pela energia que os Linda Martini transmitem em palco. Que o digam quem os viu nas últimas edições do festival Mêda+, ou em Gouveia, na Covilhã ou ainda – quem se recorda? – no Festival Serra da Estrela de 2008, em Valhelhas.
