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Liga de Bombeiros rejeita fecho de corporações devido à gripe A

Presidente reconhece que alguns quartéis possam ver comprometida a sua resposta, pois «é expectável» haver bombeiros afectados

O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) rejeitou, na terça-feira, a possibilidade de encerramento de corporações de bombeiros, embora tenha reconhecido que alguns quartéis possam ver comprometida a sua resposta devido à gripe A H1N1. Duarte Nuno Caldeira defendeu ainda o reforço da Linha de Saúde 24.

«Não admitimos que haja qualquer corpo de bombeiros que possa fechar por falta de recursos humanos para a sua missão», sublinhou aquele responsável, no final de uma reunião da LBP com os dirigentes das 18 federações distritais de bombeiros do continente para articular procedimentos no âmbito da gripe A H1N1, que decorreu em Pombal. Reconhecendo que esta situação «implica medidas de excepção que, neste momento, seria falso não o dizer, preocupa-nos imenso», o dirigente da Liga afirmou que este foi um «cenário-limite» equacionado no encontro, ressalvando, contudo, que «estão perspectivados mecanismos de agilização, de auxílio e de ajuda de corpos de bombeiros adjacentes».

Duarte Nuno Caldeira defende ser expectável que venha a haver bombeiros a contrair a gripe A H1N1, já que se espera que 25 por cento da população portuguesa possa ser afectada. Mas adianta que não se pode facilitar. «Se numa situação de pressão são necessários mais serviços e, portanto, mais disponibilidade de ambulâncias, não se pode cair na tentação de facilitar», destacou. O presidente da LBP defendeu também a «necessidade urgentíssima» de reforçar a Linha Saúde 24 ou de ser criado um mecanismo alternativo. «Este foi aqui identificado como um dos problemas mais graves da fase em que nos encontramos”, declarou, acrescentando que irá fazer chegar esta «vulnerabilidade» ao Ministério da Saúde.

«É uma preocupação que nos assiste nesta fase e que tenderá a agravar-se à medida que o número de casos venha a aumentar», advertiu. Duarte Nuno Caldeira afirmou ainda que no encontro foi abordado «o comportamento ao nível da comunidade», considerando existirem «grandes défices de informação», situação que leva os cidadãos a recorrerem aos quartéis de bombeiros e aos centros de saúde ao invés da Linha Saúde 24.

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