Arquivo

Líderes europeus homenageiam o Papa Francisco

Os presidentes da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, do Parlamento Europeu, Martin Schulz, e do Conselho Europeu, Donald Tusk, homenagearam o Papa Francisco no contexto da entrega do Prémio Carlos Magno a 6 de maio no Vaticano.

A decisão de entregar o prestigioso prémio este ano ao Papa é justificada «pelos seus esforços de promover os valores Europeus de paz, tolerância, compaixão e solidariedade». O presidente da Comissão Europeia destacou como o Papa Francisco personifica a ideia de que a solidariedade e o amor ao próximo não são mera retórica de conveniência: são valores que, para tal, têm de ser vividos. Os líderes europeus aproveitaram a ocasião, dias antes de se celebrar o Dia da Europa (9 de maio), para recordar que o projeto europeu nasceu a partir das ruínas do pós-guerra e relembrar a importância de fortalecer a União Europeia especialmente numa época em que as palavras “Europa” e “crise” aparecem tantas vezes juntas.

«A alma da Europa reside nos seus valores», realçam os Presidentes das instituições europeias. E continuam: «Quando o Papa Francisco nos recorda que uma Europa que cuida, defende e protege cada ser humano é um ponto de referência valioso para toda a Humanidade, está a lembrar-nos, a nós Europeus, estes valores. Precisamente num momento em que, na Europa, as cimeiras de emergência se sucedem a um ritmo vertiginoso e em que as pessoas se interrogam às vezes se, na Europa, ainda partilhamos os mesmos valores, torna-se tanto mais importante lembrar a nossa força comum».

E enumeram três principais desafios que enfrentamos atualmente que exigem uma maior união. Em primeiro lugar, preservar o estilo de vida europeu num mundo cada vez mais competitivo. Nenhum Estado-Membro, por mais influente que seja, consegue, por si só, impor os seus interesses e os seus valores. A força económica que advém do mercado interno permitirá consolidar e melhorar o modelo social único que assenta na democracia, no Estado de direito, na solidariedade e nos direitos humanos.

Em segundo lugar, garantir a segurança e a paz. Perante um mundo cada vez mais complexo e inseguro, a paz não pode ser dada como garantida e os orgulhos nacionais dispersam recursos, de forma perigosa. Em terceiro lugar, gerir a migração. Hoje em dia fogem mais pessoas de guerras, conflitos e perseguição do que em qualquer outro momento desde a Segunda Guerra Mundial. O desafio é de tal ordem que apenas juntos, enquanto continente com mais de 500 milhões de habitantes, podemos partilhar esta responsabilidade.

Sobre o autor

Leave a Reply