Pelo menos, até à próxima segunda-feira a PSP da Guarda vai continuar à porta do bloco habitacional construído pela extinta sociedade Polis na zona do rio Diz, onde uma família cigana terá tentado forçar a entrada em seis apartamentos.
A situação arrasta-se desde quarta-feira da semana passada e, de acordo com o vice-presidente da Câmara da Guarda, a polícia irá continuar permanentemente no local até ao início da próxima semana para evitar que voltem a ocorrer desacatos. Segundo Carlos Chaves Monteiro, há uma requisição até essa data e caso se verifique a necessidade de as forças de segurança continuarem no local assim ocorrerá, estando ainda por apurar a verba que o serviço custará aos cofres da autarquia: «Não perguntámos o preço, mas a nossa primeira preocupação foi assegurar a proteção dos bens e a manutenção da ordem», salienta o autarca. O vice-presidente do município frisou a O INTERIOR que «a “Lei dos ciganos”, como um desses cidadãos me disse» não se pode sobrepor à «lei do Estado português», indicando que há seis apartamentos «danificados com as portas arrombadas». «A cidadania é ter direitos e deveres. As pessoas não podem provocar estragos e entrar em casas que não lhes pertencem», reforça Carlos Chaves Monteiro.
Ontem, na reunião do executivo da autarquia, o presidente explicou que a Câmara apresentou queixa-crime contra os autores dos arrombamentos e que há algum tempo que o município está a tentar fazer o registo do bloco habitacional em causa. Álvaro Amaro anunciou que a Câmara tem um regulamento de acesso à habitação social e vai ser «intransigente com qualquer cidadão» no que toca ao seu cumprimento, sendo que as casas vão ser atribuídas «em função da disponibilidade e dos critérios». O edil anunciou ainda que há cerca de 60 famílias em lista de espera e que no início do ano deverão estar disponíveis quatro habitações.
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