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Leão

ASTROS na Escola

Miúdo ou graúdo, masculino ou feminino, “leão” é sempre presença, afirmação. Não importa que seja a menina acabada de entrar para o Liceu, única do signo na sua turma, ou outro petiz do 7º ano. Ela breve se afirmará com uns óculos de sol – sem, na turma, ninguém mais os usar; ele nunca dirá outra coisa que não seja ser o mais importante ou… os mais importantes serem ele e os seus colegas de turma.

Quando se recebe uma encarregada de educação “leoa”, por mais discreta que tente (disse: tente) ser, a auréola do seu magnetismo nota-se sem qualquer esforço; é, assim, natural. E o encarregado de educação “leão” pode ser um serrano como nós, a ressumar bonomia e credulidade, mas a sua peculiaridade não carece de perspicácia para ser notada. O Júpiter em pleno – que já não é a criancinha acabada de nascer, “carneiro”, mas também não o filósofo e consequente “sagitário” – aí está. Em suma: a majestade é intrínseca ao rei dos felinos. E, como a majestade é incompatível com introversão, são fortes, orgulhosos, dignos, plenos de determinação, gregários. O seu natural estatuto é a realeza. Contemplá-los é fascinante e, após termos chegado ao fim do mistério, sentimo-nos de uma riqueza além das palavras: é, digamos, como se o Divino se nos tivesse tangibilizado.

De tudo o dito decorre que um “leão” não suporta ser subestimado. Sucede é que o “leão”tanto pode ser um aluno de nível 5 como de 2 e, claro, isso requer elogio para o primeiro e branda compreensão para o segundo. Ignorar este dado, no último caso, pode levar às lágrimas – mesmo que seja um rapaz. O orgulho inerente ao rei, após ferido, torna-o sorumbático. Mais. O típico rei dos “felinos”, jovial e alegre, fica ainda pior se a reprimenda for pública.

Quanto à menina há uma nota a registar. Se tiver um ascendente “balança” pode parecer a mais maviosa das criaturas, mas, ainda muito jovem, concluímos que afinal já namora. Muito mais cedo que os miúdos pertencentes a outros signos solares, os “leões” e “leoas” reparam no sexo oposto ao seu. E se um garoto for pouco amistoso para com ela, também não devemos surpreender-nos se o enfrentar energicamente e, mesmo… o vencer. O seu ego não suportaria uma menorização; e estas crianças são chefes naturais com a sua inata dignidade, o seu sentimento de justiça e o primeiro lugar como algo inquestionável.

Uma regra de ouro no contacto com estes seres é encorajar-lhes a chefia, razão por que confiar-lhes colegas mais atrasados, por exemplo na aula de recuperação, isso, para eles, é ouro sobre azul.

À preguiça de alguns diante da aprendizagem – flagrante, nalguns casos – há que contrapor-lhes paciência e lembrar-lhes a sua condição de pessoa que aprende depressa, visto que é inteligente.

Mas o professor tem também que estar muito atento por outro motivo: às vezes o seu encanto é tão tocante que a empatia pode ludibriar o mestre. Que ninguém caia no logro. Apelar para o orgulho “leonino”e incutir neles bons hábitos de estudo, eis a melhor táctica. Obtidas as melhores notas, é uma obrigação dar-lhes os parabéns.

Com o “leão” – e também com o “sagitário” – é tudo em grande – embora por motivos diferentes. Se virmos que os “leões” gastam mais dinheiro que os seus amiguinhos, há que lembrar-lhes a regra financeira que Rockefeller ensinou aos seus filhos: “Dá algum, gasta algum e economiza algum”. A tónica, todavia, pôr-se-á na última condição.

E gostam de ir a festas? Mas não sabemos já que são gregários e brilhantes? E há que dar-lhes liberdade porque a majestade não é… súbdita. Seja como for, estes jovens precisam de uma disciplina contínua e gentil. Demos-lhes o máximo apoio porque o máximo é o que querem ser.

Ah! Se a “leoa” adolescente usar cabelos mais compridos que a média, não se interrogue. A juba leonina é uma dádiva natural.

(com recurso a Linda Goodman, Guia Astrológico)

Por Alves Ambrósio

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