Mais uma vez, a chuva intensa foi uma “convidada” de última hora no tradicional desfile da Latada que na tarde da passada quarta-feira juntou caloiros e veteranos da Universidade da Beira Interior, na Covilhã.
O cortejo, que deambulou entre a Rotunda do Rato e o Pelourinho, animou a cidade, trouxe muita gente para a rua, apesar das condições atmosféricas adversas, e prolongou-se até às primeiras horas da noite. Entre “fatos”, coreografias, carros mais ou menos imaginativos e trabalhados, todos os cursos da UBI fizeram a festa sob o olhar atento de muito público. Houve muita animação, álcool, alguns excessos e gritos de apoio, bem como as tradicionais “farpas” aos outros cursos, através de cânticos ou cartazes. A atual conjuntura política do país, com o primeiro-ministro Passos Coelho “debaixo de fogo”, a inevitável crise, o recurso à emigração para muitos licenciados, o aumento dos impostos, a “troika” ou as habituais críticas ao pagamento de propinas foram alguns dos temas em destaque nas “caranavas”.
“Coelho ladrão, já devias estar na prisão”, “emprego agora ou ponho-me daqui para fora”, “propinas a subir, alunos a desistir”, “parem de queimar o Zé Povinho”, “o Governo a papar” ou “se for para roubar, qualquer um pode governar”, foram algumas das frases passeadas pelas ruas da Covilhã. Para a história ficam os cursos premiados na Latada deste ano: Ciências Biomédicas, Engenharia Aeronáutica e Bioquimíca. A “Recepção ao Caloiro” terminou sábado no pavilhão da ANIL com destaque para o concerto dos Xutos & Pontapés.
