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Jovem agredido por adulto na Guarda

Agressor será funcionário de uma escola da cidade que a vítima de 14 anos já frequentou

Um jovem de 14 anos terá sido agredido por um adulto na noite da passada sexta-feira na Praça Luís de Camões, na Guarda. A agressão que terá sido perpetrada «sem qualquer tipo de razão» provocou várias lesões na face do filho de Telmo Monteiro, que foi aluno da escola onde o alegado agressor será funcionário.

O pai da vítima conta que o seu filho «foi agredido com um murro na face», junto à loja do “Bom Café”, explicando que foram «arrancados de imediato dois dentes com consequente fissura do maxilar superior direito». O jovem necessitou ainda de «sutura do lábio e interior da boca». De acordo com Telmo Monteiro, o filho estava parado no local por volta das 22h35, acompanhado por um amigo, quando viu o indivíduo dirigir-se a ele a barafustar sozinho. «O meu filho não agiu em defesa própria porque reconheceu o homem do meio escolar e estava longe de pensar o que ia acontecer», revela, adiantando que não houve qualquer diálogo. O encarregado de educação acredita «piamente» na versão do seu filho, até porque foi o próprio jovem que se dirigiu à PSP para apresentar a queixa e só depois deu entrada na Urgência do Hospital Sousa Martins. Em virtude do agredido ser menor, foi o pai que apresentou queixa-crime contra o alegado agressor, que ainda não terá sido identificado pela PSP.

O jovem já se deslocou ao Instituto de Medicina Legal da Guarda para «avaliar as sequelas» da agressão e o seu pai garante que quer «ir até às últimas consequências» e «ser ressarcido dos danos causados para o resto da vida do meu filho». É que já se sabe que, «aos 20 anos, os dentes terão que ser retirados e colocados implantes». Por outro lado, ainda na última terça-feira, o filho estava a «ser alimentado só por líquidos» e «não pode estar o dia inteiro a assistir às aulas». De resto, os «danos psicológicos» também são «enormes», com o miúdo a mostrar-se «completamente revoltado por não perceber porque é que isto aconteceu». Telmo Monteiro coloca a hipótese de «ter havido um engano na pessoa a agredir», até porque o seu filho sempre viu o agressor como «uma pessoa pacifica e calma», assegurando que «nunca houve qualquer tipo de crispação» entre os dois anteriormente. Aliás, considera que «nada justifica» esta atitude, lamentando que «são os adultos que devem ser o exemplo para os jovens que cometem estes actos altamente reprováveis numa sociedade que se quer civilizada e moderna». Ao denunciar este caso, o pai do jovem agredido quis chamar a atenção ainda para a «onda de violência nocturna que está a assolar a cidade da Guarda, com contornos idênticos aos dos grandes centros urbanos».

Ricardo Cordeiro Foi o próprio jovem que se dirigiu à PSP para apresentar a queixa e só depois deu entrada nas Urgências

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