Jorge Saraiva é o líder da única lista candidata à direcção da Associação Empresarial e Comercial da Covilhã, Belmonte e Penamacor (AECBP), cujas eleições estão marcadas para dia 15. A acompanhar o empresário e gestor, sócio da associação há 12 anos, estão nomes como o do advogado José Pina Simão (Assembleia Geral), António Lopes (Conselho Fiscal), Paulo Rosa e José Pinho.
“Respeitar o passado, inovar no presente e garantir o futuro” é o lema da candidatura, que, segundo o empresário, terá surgido «do desafio lançado já em eleições anteriores pelos restantes membros da lista». Entre os principais projectos desta lista está um protocolo com um banco para garantir o acesso a fontes de financiamento aos cerca de 800 associados da AECBP. Também o Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) deverá estar na ordem do dia, com Jorge Saraiva a prometer «esclarecer os sócios sobre todas as suas potencialidades». O empresário pretende ainda solicitar às Câmaras da Covilhã, Belmonte e Penamacor a instalação de criptografia no pavimento para indicar monumentos a visitar, comércio e serviços públicos, bem como placards multimédia para promover o comércio tradicional. A recolha selectiva do lixo junto dos estabelecimentos da restauração é outro projecto, bem como a isenção de taxas de publicidade para a generalidade dos associados.
A formação profissional será mais uma aposta, já que a equipa de Jorge Saraiva pretende criar cursos para dotar os profissionais de valências de trabalho diferenciadas. Por outro lado, deverá ser criado um portal publicitário de negócios, sendo que o marketing estará na ordem do dia com o lançamento da campanha “Compre no comércio tradicional e prefira o produto regional, pois só este cria e mantém, a riqueza junto de si!”. O candidato tenciona igualmente estabelecer uma parceria com uma mutualista/seguradora para garantir um complemento social de reforma e um seguro de saúde aos associados da AECBP. Jorge Saraiva acredita que o comércio necessita desesperadamente de se relançar e confessa que prefere a expressão “comércio de proximidade”, «que remete para um comércio novo, atento às necessidades do cliente, com músculo e capaz de se adaptar». Nesse sentido, o horário de funcionamento é um dos «hábitos que tem de ser mudado para combater as grandes superfícies comerciais», pelo que defende o seu alargamento.
Outra das estratégias prende-se com a promoção de «uma parceria sólida» entre o comércio tradicional e a restauração e as zonas de lazer das cidades. Jorge Saraiva não nega que as lojas do centro da Covilhã estão a passar uma fase «difícil», mas acredita que se trata de um problema sentido «um pouco por toda a parte, muito por culpa da massificação do comércio pelos chineses e das grandes superfícies comerciais». Ainda assim, o empresário entende que se trata de um «cenário sazonal» e que o sector vai «dar a volta por cima, até porque é consequência da situação da economia portuguesa», considera.
Rosa Ramos