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Jorge Pombo regressa à política 13 anos depois

Ex-presidente da Câmara da Covilhã, entre 1993 e 1997, liderou a lista mais votada de delegados ao congresso federativo do PS de Castelo Branco

Depois de 13 anos de afastamento das lides políticas, o socialista Jorge Pombo está de regresso. A lista de delegados ao congresso distrital do PS que liderou foi a mais votada e, para já, o antigo presidente da Câmara da Covilhã promete maior «motivação» e «pressão para que haja maior intervenção» daquela concelhia.

Num universo de 274 militantes da secção do PS da Covilhã, 140 participaram na escolha dos 28 delegados ao congresso distrital do partido. A lista encabeçada por Jorge Pombo foi a mais votada, com 100 votos, contra os 40 da lista de José Miguel Oliveira. No final, a lista A (de Jorge Pombo) elegeu 20 delegados e a B oito. Para o vencedor, «neste momento, a vitória significa apenas o meu contributo para a mobilização interna do partido e para uma melhor animação em termos de participação política, tanto em termos locais como distritais, da secção da Covilhã». Confrontado com um possível cenário de recandidatura à Câmara da “cidade-neve”, o ex-autarca, no mandato de 1993 a 1997, respondeu que «“o futuro a Deus pertence”», mas adiantou que, pelo menos «para já», se trata apenas de uma «pequena participação como militante da secção da Covilhã». Contudo, a escolha dos delegados ao congresso ficou marcada pela impugnação da lista de José Miguel Oliveira, apoiada pelo presidente da concelhia, Miguel Nascimento.

A contestação foi apresentada pela lista vencedora e foi aceite pela Comissão de Jurisdição Distrital, tendo José Miguel Oliveira recorrido desta decisão para o Conselho Jurisdicional Nacional, que se pronunciará nas próximas semanas. Em causa está a percentagem de mulheres obrigatória nas listas, facto que o primeiro elemento esclareceu no dia das eleições, dizendo tratar-se de 21,6 por cento (nove mulheres), «percentagem superior à da própria secção do PS na Covilhã», disse. Já Jorge Pombo defendeu que a lista de suplentes da equipa adversária não cumpria a paridade. A O INTERIOR defendeu que «tinha de o fazer», já que «há uma lei nacional e estatutos que têm que ser cumpridos, e compete depois aos organismos juridiscionais do partido pronunciarem-se».

Relativamente ao funcionamento do partido na Covilhã, Jorge Pombo confessa: «Tenho andado um bocado afastado e não acompanho de perto internamente a actividade da concelhia». Ainda assim, adianta que «aquilo que passa para o cidadão comum é que a participação da Comissão Política é muito pouca. Portanto, o nosso contributo é no sentido de motivar e de pressionar para que haja maior intervenção», assegura. Além de ter sido presidente da Câmara da Covilhã, Jorge Pombo foi membro da Comissão Distrital do PS, representante português dos Municípios de Montanha junto da Associação Europeia de Montanha e fez ainda parte de algumas comissões no âmbito da Associação Nacional de Municípios. O congresso federativo do PS está agendado para este fim-de-semana.

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