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Jorge Godinho optimista em relação à retoma da economia regional

Presidente reeleito da Associação Comercial da Guarda realça a importância da PLIE

Jorge Godinho foi reeleito na quarta-feira da semana passada presidente da Associação Comercial da Guarda (ACG) por mais três anos. O engenheiro, que aposta na qualificação dos empresários, está optimista quanto ao futuro, acreditando na retoma da economia mundial que, por sua vez, provocará melhorias financeiras a nível nacional e regional.

Para que a situação económica da região possa melhorar, Godinho sublinha que o projecto da Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial (PLIE) «não pode falhar e tem que ser uma verdade», salienta. Em relação aos objectivos para o novo mandato, o presidente da ACG realça a importância de se poder «trabalhar uma equipa recheada de muitos valores», de modo a que posteriormente possa «assumir e continuar» outros projectos, se na altura indicada entenderem que o devem fazer. De resto, as associações empresariais «têm a grande obrigação de puxarem pelo ego da classe que representam, de a unir e de criar tertúlias de discussão», diz. Neste sentido, o «grande projecto» para mais um mandato passa por continuar a «apostar na qualificação dos empresários e nos seus colaboradores», um factor que é tido como «determinante», assevera. Outros objectivos são «ter uma biblioteca credível e que seja perfeitamente aproveitada», para além de se pretender que a ACG continue a ser a terceira associação da zona centro com mais projectos de investimento, atrás de Aveiro e Viseu, sublinhando que a Escola Profissional «é obrigatória para a Guarda.

Godinho vai reunir brevemente com a secretária de Estado Indústria, Comércio e Serviços para saber as razões das candidaturas feitas para o Sabugal e Celorico da Beira, no âmbito do URBCOM, terem sido chumbadas. Do mesmo modo, o responsável máximo pela ACG quer saber quando é que as verbas destinadas à candidatura de Pinhel estarão «disponíveis», revela. E é precisamente na “cidade-falcão” que recentemente foi criada uma associação comercial, o que Godinho diz ser «perfeitamente natural», embora em termos práticos «não faça sentido a criação de uma associação desse tipo», garante. Até porque, o empresário considera que «o movimento associativo caminha no sentido» inverso, daí que a aproximação que houve entre o Nerga e a ACG há uns tempos atrás e que depois não se chegou a consumar, «se calhar um dia destes vai ter mesmo que acontecer», acredita. Godinho salienta a importância de «divulgarmos pela positiva a Guarda e tentarmos vender a sua imagem no exterior», isto porque mesmo que os resultados possam não surtir um «efeito imediato», deixarão uma “porta aberta” para o futuro, considera.

Ao contrário do que sucedeu no passado, «em que as candidaturas eram feitas e não esperávamos que houvesse alguma garantia de segurança», o que provocou «problemas conhecidos» a nível financeiro, a actual politica é a de partir para as realizações «já com indicações precisas de que não vai haver problema nenhum», diz. Daí, que a ACG ainda aguarde uma decisão em relação a uma candidatura para realizar uma campanha no âmbito do Euro-2004 que já está aí mesmo à porta. Godinho lamenta ainda que as obras na Praça Velha ainda não tenham avançado, num projecto em que «foi nitidamente a Câmara da Guarda que falhou», e quanto ao prazo agendado de começo dos trabalhos para Junho, o presidente da ACG já só acredita quando vir “in loco” as obras a avançarem. O responsável máximo pela Comercial da Guarda lamenta ainda que o Centro Histórico da Guarda não esteja melhor aproveitado, uma vez que reúne condições para ser um «verdadeiros “centro comercial”». Em relação ao seu futuro, e sendo este o ultimo mandato à frente da ACG, Jorge Godinho não afasta a hipótese de se envolver mais na actividade politica, sem negar que é um ramo de que «gosta muito», completa.

Ricardo Cordeiro

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