O zero a zero final entre a Guarda Desportiva e o Vilar Formoso, os dois primeiros classificados da série A da IIª Divisão Distrital, separados apenas por um ponto, castiga ambas as equipas pela pouca ambição revelada durante o jogo do último domingo.
Sem ser um desafio bem jogado, a Guarda, como lhe competia, assumiu as despesas da partida, mas nem sempre o fez da melhor maneira. Muito por culpa, diga-se de passagem, do adversário que soube repartir o meio-campo com a equipa da casa, mantendo sempre a sua defesa bem resguardada. Apesar disso, o sinal mais pertenceu aos locais que, na segunda parte, atiraram duas bolas à trave. A primeira, num cabeceamento de Sérgio, que, ao tentar aliviar, quase traiu o seu guardião. A segunda, num remate de Ricardo, já muito próximo da pequena área. De resto, a registar apenas duas oportunidades na primeira parte, ambas para a equipa da casa. Na etapa complementar, logo no primeiro minuto, Paulinho conseguiu isolar-se e proporcionar a Melo uma excelente defesa. Aos 23’, mais uma vez Paulinho, isolado, rematou desta feita sobre a trave. Foi portanto um jogo com algumas oportunidades, mas sem resultados práticos, para além de ter sido demasiado táctico, muito mastigado no meio-campo e muito mal jogado. A nota abonatória vai, sem dúvida, para o desportivismo e “fair-play” de todos os intervenientes. Quanto ao trabalho do trio de arbitragem, referir apenas um lance que aconteceu no final da primeira parte. Fredy, da Guarda, corria para a baliza contrária e, já dentro da área, ao sentir nas costas um adversário, deixou-se cair. Tiago Cadete resolveu apitar e marcar a falta à entrada da área. Contudo, na nossa opinião, não terá existido qualquer falta, mas como nos encontrávamos longe do local da ocorrência fica o benefício da dúvida ao juiz da partida.
António Fonseca/Rádio Elmo