O Manteigas recebeu e bateu o Arcozelo da Serra por uma bola a zero. O jogo disputado por equipas que ocupam lugares bem diferentes na tabela começou algo incaracterístico, mas foi melhorando com o passar do tempo. O Manteigas mandava no encontro e, aos 11 , Nuno Serra rematou de forma espectacular para uma boa defesa de Fernando.
Os homens da casa foram controlando e o único golo do encontro surgiu aos 16 . Numa boa jogada de ataque, João Biló preparou a bola para um excelente remate de Edgar Costa, que não deu qualquer hipótese de defesa a Fernando. No entanto, o Arcozelo não baixou os braços e reagiu bem à desvantagem. Aos 30 , Paulo Mota, de livre directo, mandou a bola à base do poste e, logo de seguida, Ricardo quase fez golo, mas Sérgio Nogueira correspondeu com uma boa defesa. O jogo estava agradável de seguir e as duas equipas poderiam ter marcado quase sobre o apito para o final da primeira parte. Pelos locais, foi João Biló que criou perigo de livre directo e no Arcozelo, Canhoto rematou com o esférico a sair ao lado da baliza. Se a primeira parte foi agradável de seguir, a segunda foi mais fraca. No entanto, logo aos 47 , David Graça, bem desmarcado por Marcelo, rematou por cima da barra. O Arcozelo procurava o golo e aos 55 , numa confusão dentro da área manteiguense, a bola bateu em muitas pernas, mas ninguém conseguiu marcar.
Nesta fase, era o Arcozelo que dominava, enquanto os locais reagiam de tempos a tempos e aos 69 quase marcaram, num remate de Mário Carvalho. Na parte final, o árbitro descontrolou-se e aos 71 mostrou o segundo cartão amarelo a Miguel (Arcozelo), num excesso de rigor. Contudo, mesmo com dez, foram os atletas do concelho de Gouveia que criaram mais perigo até aos 80 , quando o jovem Marcos (Manteigas), acusando alguma inexperiência, permitiu a defesa de Fernando quando tinha tudo para fazer o golo. Cinco minutos depois, o árbitro expulsou Mário Carvalho e já em período de compensação mostrou também a cartolina vermelha a Gonçalo. Os minutos finais foram de muita emoção, com lances em que ambas as equipas poderiam ter marcado. Mas tal não aconteceu, com a vitória a sorrir aos da casa, embora uma igualdade no marcador não teria sido imerecida para o Arcozelo. Destaque no Manteigas, cuja equipa foi orientada por António Júlio devido a doença de Francisco Cipriano, para o facto de 13 dos 14 atletas utilizados serem naturais da vila. O jovem Edgar Costa rubricou mais uma excelente exibição, mostrando-se como um valor a ter em conta neste campeonato. No Arcozelo, sobressai o empenho no segundo tempo. O trio de arbitragem tem capacidade para fazer muito melhor e descontrolou-se na parte final, complicando o que parecia fácil. Má actuação.
José Luís Costa
