Espectáculo, emoção q.b., golos – muitos golos – e cartões… Enfim, um jogo de campeões no municipal de Figueira de Castelo Rodrigo com a equipa local a levar a melhor sobre o Souropires. Se bem que o resultado, embora justo, acabe por ser demasiado pesado para os forasteiros.
Após a primeira contrariedade para os visitantes – Batista foi obrigado a trocar Bruno, lesionado, por Fernando – e a seguir aos minutos inicias de estudo para ambas formações, presenciaram-se momentos de bom futebol, com a inauguração do marcador a pertencer a Zé Tó à passagem do minuto 13’, num lance de contra-ataque. O golo souropirense espevitou os homens do Ginásio que, sob a batuta de Manuel Rodrigues, responderam quase de imediato. Fruto desse trabalho surgiu o empate a três toques. Bruno chuta a bola na sua área, M. Rodrigues a meio campo cabeceia e isola Silva, que não tem dificuldade em bater o desamparado Nuno. Com o jogo taco-a-taco e o árbitro a deixar jogar – por vezes duro -, uma desatenção da defensiva do Souropires deitou tudo a perder, pois Pedro Mendes aumentou a vantagem aos 35’. O jogo estava aberto, havia lances parte a parte e a prová-lo esteve o atropelo de Marco Ramos ao auxiliar do árbitro. No lance seguinte, após pontapé de canto, os forasteiros empataram através de Ginha, depois de Bruno não ter segurado a bola. Na resposta, o Ginásio falhou incrivelmente o golo com vários jogadores a rematarem ressaltos e a acertarem no ‘boneco’. Mas os ânimos exaltaram-se e o árbitro usou e abusou do cartão amarelo, já que em apenas cinco minutos mostrou cinco cartões, todos por palavras.
A história do jogo termina no reatamento. Marco, capitão do Souropires, rasteirou um adversário e acabou expulso após ver o segundo amarelo e consequente vermelho. Com menos um jogador, os visitantes tarde se encontraram, a não ser num contra-ataque com golo invalidado por fora de jogo. A partir daí, só deu Figueira. Aos 58’, Silva, de novo isolado, bisa. A “morte” do jogo aconteceu dois minutos depois: livre a dez metros da área, em posição frontal, mesmo ao jeito de M. Rodrigues e 4-2. Os festejos foram efusivos no banco figueirense e até o presidente da colectividade, Mário Quadrado, brindou a assistência (em número razoável) com um salto mortal dentro das quatro linhas. No minuto seguinte foi a vez de Bruno Coutinho marcar e ampliar a vantagem. Uma pressão constante até ao fim marcada por remates à barra e a defesa da tarde, com Bruno a defender um remate de Ginha na cobrança de mais um livre frontal à baliza. Já com os mais descrentes a abandonar o estádio, o Souropires reduziu por Artur, mas, segundos antes do apito final, Silva faz “hat-trick”.
Carlos Coelho