Arquivo

Joaquim Canotilho candidato à Câmara da Guarda

Presidente da concelhia do CDS-PP ambiciona conquistar lugar de vereador

Joaquim Canotilho vai mesmo ser o candidato do CDS-PP à Câmara da Guarda em Outubro. O presidente da concelhia centrista da Guarda, que já tinha mostrado disponibilidade para tentar conquistar um lugar de vereador na autarquia, foi oficialmente designado como candidato do Partido Popular na última segunda-feira numa assembleia concelhia que contou com cerca de 30 elementos. Sem se alongar muito sobre as prioridades da sua candidatura, o engenheiro considera premente que a cidade consiga atrair mais gente.

Apesar de não haver necessidade da realização de uma assembleia concelhia para a escolha do candidato, uma vez que as instruções da direcção nacional do partido indicavam que as concelhias teriam autonomia para nomear os seus candidatos, Canotilho considera que o modo como foi eleito possui «mais legitimidade». «Penso que saio muito mais legitimado de uma assembleia concelhia onde podem estar representados todos os militantes do partido do que se fosse uma decisão exclusiva da comissão política concelhia», garante. De resto, os cerca de 30 militantes que participaram na reunião da passada segunda-feira representam «muito», quase como «uma lança em África», acrescenta o candidato. Ainda sem querer divulgar nomes, Joaquim Canotilho garante que a sua equipa vai ser feita «por pessoas da Guarda e que gostam da Guarda». Questionado sobre as prioridades da sua candidatura, prefere ser parco em palavras antes de ter a equipa definida: «É óbvio que sei o que quero para a Guarda, porque o que quero hoje é o que queria ontem. Mas acho que é cedo falar antes de ter a minha equipa feita. Quando estiver, daí sim sairá um caminho e um projecto a percorrer», indica.

No entanto, não deixa de recordar que o «problema sério» da Guarda é a «falta de gente». Assim, «sem haver gente na Guarda nem precisamos de nos preocupar com hospitais, nem com nada… É preciso que venha gente e isso passa por uma política de atracção de investimento público e privado», aposta. Do mesmo modo, na sua candidatura vai estar patente uma «preocupação importante com o bem-estar das pessoas para que a Guarda seja uma cidade onde se goste de viver», sublinha. O presidente da concelhia do PP está igualmente convicto das suas capacidades pessoais, bem como das do partido. «Dadas as “guerras” que há com outros partidos, acredito que não é de todo impossível que o CDS tenha, pelo menos, a ambição de conseguir eleger um vereador num universo de sete, o que seria óptimo», admite. Até porque não o tem conseguido nos últimos anos. Inversamente, qualquer votação inferior às obtidas até agora significaria um resultado «muito mau», contudo o candidato está confiante de que tal «não vai acontecer». Para Joaquim Canotilho, o «ideal» mesmo era a sua eleição para poder ser o «”fiel da balança”» num executivo repartido desde sempre pelo PS e PSD.

Para alcançar este objectivo, e uma vez que o CDS é «um partido pequeno, em quem as pessoas apostam pouco» e que «não tem máquinas partidárias para fazer uma campanha que dê nas vistas», Canotilho vai apostar no «diálogo» e contacto pessoal com a população. Uma opção que de resto foi seguida há quatro anos por Pereira da Silva, o candidato de então, mas beneficiando desta vez de uma equipa «alargada e reforçada», além do partido dispor de «mais tempo» para se preparar para as eleições. Em relação aos candidatos dos restantes partidos, Joaquim Valente (PS) e Ana Manso (PSD), o cabeça de lista do CDS-PP deseja-lhes «muitas felicidades», uma vez que a sua campanha vai ser feita a falar naquilo que, em conjunto com a sua equipa, pretende fazer para a Guarda. «Não me vou meter em guerras. As pessoas estão um pouco habitadas a que ande sempre com quezílias, mas desta feita vai ser diferente», promete. «Vou concentrar-me na minha campanha, naquilo que achamos que o concelho precisa e merece e é a isso que nos vamos dedicar principalmente», assegura.

Ricardo Cordeiro

Sobre o autor

Leave a Reply