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João Soares critica Pina Moura

Candidato à liderança do PS considera «inaceitável» que antigo ministro tenha aceite lugar na administração da Iberdrola

João Soares foi o primeiro candidato à liderança do PS a falar com os militantes da Guarda. No dia em que comemorou 55 anos, o ex-presidente da Câmara de Lisboa apresentou domingo à noite no salão da Junta de Freguesia de São Miguel os argumentos da sua moção “Mais PS” e prometeu fazer «acordar um gigante [o PS] que tem estado a hibernar nos últimos anos». João Soares quer um Partido Socialista de «portas abertas» e contra a «lógica de aparelho em que uma pequena nomenclatura domina a máquina do partido e não permite que a expressão do pensamento no quadro de um debate interno vivo e liberto se transforme numa vontade de lutar por um Portugal cada vez mais progressista». Quanto às razões da sua candidatura, explicou ter avançado para «evitar que o PS volte a viver no falso unanimismo em que tem estado há mais de uma dezena de anos, para garantir um debate político interno claro e contundente e porque não me conformo com a deriva direitista que o país está a viver de há dois anos a esta parte». Criticando a vaga de privatizações encetada pelo actual Governo e a confusão entre interesses públicos e privados, João Soares apontou o dedo a Joaquim Pina Moura, apoiante de Sócrates, por ter aceite a presidência do Conselho de Administração da Iberdrola: «É inaceitável que assim aconteça três anos depois de ter deixado de ser o ministro responsável pela tutela das questões energéticas e iniciado o processo de privatização da Petrogal», considera, sublinhando ser esta a primeira vez que um partido político português vai eleger o seu secretário-geral pelo princípio de um militante um voto. João Soares escolheu o sabugalense Carlos Luís para coordenador nacional da sua candidatura e Silvina Almeida, a militante mais antiga do partido, natural da Mêda, para mandatária distrital. Manuel Alegre é o candidato que se segue na deslocação à Guarda, onde estará no dia 11, seguido, a 14 de Setembro, por José Sócrates.

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