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João Pires da Fonseca

Professor no departamento de Engenharia Civil e Arquitectura da UBI

João Pires da Fonseca, vencedor do prémio Secil 2003, o mais prestigiante em Portugal para a Engenharia Civil, pelo projecto do Viaduto da Avenida Marginal do Parque da Cidade do Porto, regressou à sua terra natal (Guarda) após 18 anos de docência na Faculdade de Engenharias da Universidade do Porto.

Para além das questões pessoais, Pires da Fonseca escolheu a UBI por causa dos «colegas estrangeiros de alto nível» e do bom relacionamento existente no departamento de Engenharia Civil. Apesar de ter passado uma boa parte da sua vida no Porto, João Pires da Fonseca diz não estar arrependido da opção que tomou há quase quatro anos. Até porque, salienta, o ambiente de trabalho na UBI «é saudável» e o «nível científico é muito elevado». Também os alunos parecem ser diferentes nesta instituição: «Os estudantes vêm para aqui com uma grande vontade de trabalhar e estimulam-nos para o ensino», refere, dizendo que «neste momento» a UBI está ao «mesmo nível» das restantes universidades nacionais em vários parâmetros. E não tem dúvidas que se tornará «ainda mais importante» se a instituição continuar a crescer.

Embora resida na Guarda, Pires da Fonseca nunca quis dar aulas no IPG, onde também existe o curso de Engenharia Civil. Reconhece que o curso até «tem qualidade», mas não é tão aliciante como o da UBI, que é reconhecido pela Ordem dos Engenheiros «pelo nível de qualidade», possui recursos humanos e instalações adequadas. «É natural que as pessoas escolham o que é melhor para a sua carreira. Quem tem o desafio de jogar na primeira divisão, não vai jogar na segunda», justifica, considerando que o IPG só «conseguirá “agarrar” massa crítica se se agregar à UBI, ganhando também outra dinâmica e uma aproximação aos critérios em vigor na universidade». Daí defender que a Covilhã e a Guarda deveriam formar uma «instituição única», com parâmetros semelhantes, pois definir os critérios de qualidade seria «vantajoso» para a região, acrescenta. «Uma universidade tem uma perspectiva de comparação com outra universidade do país, número de docentes mais numeroso e critérios de programas diferentes dos politécnicos», explica. Para além disso, considera que o IPG «só perderá» se entrar em concorrência com a UBI. Quanto ao Instituto Politécnico de Castelo Branco, já não preconiza nenhuma aproximação, na medida em que Covilhã e Guarda estão «geograficamente no mesmo espaço», enquanto que Castelo Branco faz parte de uma «outra realidade, mais a Sul».

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