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João Casteleiro de novo à frente do Centro Hospitalar Cova da Beira

Médico-cirurgião sucede Miguel Castelo Branco no Conselho de Administração, assumindo o lugar de presidente pela terceira vez

Cinco anos depois, João Casteleiro está de regresso à presidência do Conselho de Administração do Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB), na Covilhã. A nomeação do Governo foi conhecida no passado dia 24 de março, mas só na segunda-feira a nova administração tomou posse.

«Sou cirurgião e é o que mais gosto de fazer, mas há desafios que não podemos recusar», afirma João Casteleiro. O médico diz ter consciência que «são tempos difíceis e é necessário sensibilizar todos os colaboradores, pois todos são necessários». A falta de especialistas, bem como a pouca atratividade do interior, é uma realidade que o administrador bem conhece, «mas isso tem que ser alterado», pois, na sua opinião, é no interior que estão «as melhores condições para viver». A iniciar um terceiro mandato à frente do CHCB, João Casteleiro lamenta que ainda não tenham existido «incentivos nenhuns para quem quer vir trabalhar para o interior. O governo anterior prometeu e não legislou». No entanto, por agora, o responsável diz ser necessário «capacidade de diálogo com a tutela» para que sejam criadas medidas de descriminação positiva, «o que até agora não aconteceu». «São necessárias medidas a nível central, pois temos instituições credíveis e trabalhadores com qualidade na Covilhã», referiu João Casteleiro.

Quanto à Unidade de Medicina Nuclear pensada para o Hospital do Fundão, o cirurgião lembra que o projeto remonta a 1999, entretanto foi já melhorado e faz todo o sentido. «O interior precisa de uma estrutura destas, pois tem os mesmos direitos e não se justifica que a população tenha de fazer centenas de quilómetros para ter acesso a estes serviços», reitera o presidente do CA. Para tal, João Casteleiro pretende «demostrar e avivar a memória» ao Ministério da Saúde para a necessidade de «criar sinergias e vontades para priorizar situações». Criar algo que diferencie os Hospitais Pêro da Covilhã e do Fundão é para já uma das suas preocupações, pois considera que é possível criar serviços de referência, como a Unidade de Medicina de Reprodução. «É fundamental tornar o interior atrativo para que sejamos considerados um país com igualdade de oportunidade», concluiu João Casteleiro.

O médico vai acumular o cargo de presidente do CA com o de diretor clínico e com ele vão trabalhar João Ramalhinho, escolhido para enfermeiro-diretor, Vítor Mota, atual administrador dos Serviços de Ação Social da Universidade da Beira Interior e antigo administrador da ULS da Guarda; e Maria de Jesus Marques, que serão ambos vogais executivos. Por sua vez, Miguel Castelo Branco, presidente do CA do CHCB desde 2011, regressa à Faculdade de Ciências da Saúde da UBI. A troca de cadeiras entre João Casteleiro e Miguel Castelo Branco não é de hoje. o primeiro assumiu o cargo de presidente entre 1999 e 2002 e mais tarde entre 2005 e 2011, tendo sido sempre substituído por Miguel Castelo Branco.

Nova administração da ULS Guarda conhecida brevemente

Na Guarda, ainda não há decisões oficiais, mas também o atual Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde está a prazo. Segundo apurou O INTERIOR, o ministro Adalberto Campos Fernandes já terá vetado os nomes de José Albano Marques, Fernando Girão e Adelaide Campos para funções na nova equipa. Contudo, os substitutos de Carlos Rodrigues (presidente do CA), Gil Barreiros (diretor clínico), João Marques (enfermeiro-diretor) e Flora Marques (vogal) deverão ser conhecidos brevemente.

Ana Eugénia Inácio João Casteleiro foi presidente do CA de 1999 a 2002 e 2005 a 2011

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