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Irá o vice chegar a presidente em Pinhel?

Rui Ventura vai tentar manter a autarquia nas mãos do PSD perante a oposição de três adversários

Em virtude de António Ruas não se poder recandidatar à liderança do município de Pinhel devido à lei de limitação de mandatos, o PSD escolheu o seu vice-presidente, Rui Ventura, para liderar a candidatura. Já o PS aposta no independente José Vital Tomé, que chegou a ser presidente da concelhia do partido rival, para tentar reconquistar a autarquia que perdeu em 2001. Concorrem ainda Carlos Gonçalves, pelo CDS-PP, e Joaquim Luís Ferreira, pela CDU.

Rui Ventura salienta que a «experiência e conhecimento do terreno» por si adquiridos nos três últimos executivos podem «contribuir para o desenvolvimento» concelhio. O vice-presidente da autarquia frisa que o «primeiro objetivo» para as eleições é «ganhar», recordando que nos últimos 12 anos o PSD «tem ganho de forma avassaladora e com resultados históricos», daí alimentar «as melhores expetativas». O emprego, a educação, a agricultura, a economia local e a ação social são apontados como «áreas fundamentais de intervenção», bem como a «procura de soluções para enfrentar a crise e oportunidades de estabelecer novos projetos que permitam dinamizar os circuitos económicos». O candidato sublinha que «mais do que propriamente mudar, teremos que dar seguimento ao trabalho feito e completar o que foram estes mandatos, continuando a dotar e apropriar a cidade e o concelho dos meios necessários para se poder viver cada vez melhor, nunca deixando de procurar oportunidades de resolver o grande problema do desemprego».

Pelo PS avança José Vital Tomé que se candidata por «entender que o concelho não tem o nível de desenvolvimento, que deveria e merecia ter, pois as políticas seguidas nos últimos anos fizeram Pinhel estagnar e regredir até nalguns aspetos». De resto, o candidato considera que tem «propostas claras, objetivas e exequíveis que nos vão levar a vencer as eleições, a bem do concelho». A quem o acusa de incongruência por ter sido vereador e presidido à concelhia do PSD, o advogado reage com «indiferença», assume-se como «independente apoiado pelo PS» e indica que «há muito que não» se «revia na política nacional implementada pelo PSD e menos ainda na sua política local». Como principais projetos, elege «gerir o concelho de forma mais transparente, eficiente e dinâmica, lutar contra a desertificação, apoiar a criação de emprego pelas empresas locais, atrair investimento, apoiar e dinamizar o sector agrícola e apoiar as famílias». Caso vença, o candidato pretende «tratar todas as empresas de igual forma e acabar com o medo existente no concelho relativamente ao atual poder autárquico».

O CDS-PP candidata Carlos Gonçalves que não se resigna «com o atual estado do concelho, sem uma visão de futuro», frisando que «não basta criticar, é preciso acreditar e apresentar alternativas para que as futuras gerações não tenham que abandonar o concelho». Deste modo, não faz por menos, e assume que «quando nos candidatamos é porque acreditamos e acredito que vamos ganhar». O presidente da concelhia do partido pretende «criar medidas que visem o desenvolvimento económico, social e territorial do concelho». Alguns exemplos são «apostar na agricultura como pilar do desenvolvimento do concelho, promovendo a sua profissionalização, organização para o mercado e obtenção de economias de escala», a «criação de uma central de compras de bens e serviços», «apoiar a extração, transformação e comercialização dos granitos» e «promover Cidadelhe, valorizando as suas características únicas». Caso seja eleito, o gestor garante ir seguir duas orientações: «crescer e conquistar».

A CDU recandidata Joaquim Luís Ferreira que espera que «as candidaturas dos partidos que governaram a autarquia, desde que há poder local, sejam penalizadas pelo eleitorado, não só pelas suas políticas locais, mas também a nível nacional, limitando-se a fazer uma política de obras públicas, algumas desnecessárias, em detrimento das pessoas em termos sociais, culturais e de fixação das populações». O candidato sustenta que «basta atentar nos números dos últimos Censos para se perceber a desertificação a que o concelho está sujeito». Um bom resultado para a coligação é «eleger um vereador ou deputados à Assembleia que defendam as posições e as políticas corretas de apoio, desenvolvimento e fixação das pessoas, através de políticas de apoio às famílias mais carenciadas, incentivos à natalidade e proteção social dos idosos». O advogado defende a necessidade de serem adotadas medidas concretas para «cuidar da terceira idade» e quer «ajudar e proporcionar meios para que os agricultores possam ir buscar os subsídios para poderem produzir nichos de mercado e terem lucro».

Ricardo Cordeiro O combate ao desemprego é uma preocupação comum aos diferentes candidatos

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