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IPG pronto para receber mil novos alunos

Este ano entraram mais estudantes em licenciaturas do que nos mestrados e nos TeSP lecionados pelo Politécnico da Guarda

Desde 2000 que o Instituto Politécnico da Guarda (IPG) não tinha uma «primeira fase tão boa como a deste ano». Quem o diz é Constantino Rei, presidente da instituição.

Os resultados deste ano são históricos e o responsável acredita que o número de alunos «ultrapassará os 1.000»: «São números muito bons», reforçou Constantino Rei, lembrando que o IPG «noutros anos já se aproximou deste número», só que com uma composição muito diferente. «O número de alunos em mestrados e TeSP era muito superior e em licenciaturas muito inferior», explicou o presidente do IPG, para quem é preferível «ter 100 alunos nas licenciaturas do que ter 150 em TeSP e mestrados porque os de licenciatura ficam três anos na instituição, enquanto os de mestrado ficam apenas um ano». Mais candidatos, aumento da credibilização do Politécnico e a cidade onde está sediado são os três fatores usados por Constantino Rei para justificar este resultado histórico. «Este ano houve mais candidatos», recordou também o presidente, acrescentando que, além disso, «nós crescemos muito mais do que quase todos os Politécnicos do interior». «O IPG registou, no conjunto das três fases do concurso nacional, um resultado melhor do que qualquer politécnico da corda do interior», disse, sublinhando que o Instituto guardense superou, pela primeira vez, os institutos de Viseu e Castelo Branco.

«Este aumento deve-se ao trabalho que temos feito em termos de divulgação e credibilização da instituição. Hoje os alunos olham para o politécnico da Guarda com outros olhos não só do ponto de vista formativo, mas também da sua intervanção na sociedade», afiançou o responsável, garantindo que o IPG tem «uma imagem melhor e mais positiva» do que há uns anos atrás. O presidente não esqueceu «o trabalho que tem sido feito pelas entidades públicas», dizendo que a escolha dos alunos é, muitas vezes, motivada pelo local: «A Guarda é uma cidade calma, segura, sem violência e cada vez mais atrativa para viver», assegurou Constantino Rei, alegando que o «custo de vida aqui não é tão elevado como em Lisboa ou Porto».

Quanto ao futuro, o presidente do IPG garante que tem os “pés bem assentes na terra” e que será difícil repetir este resultado. «Este ano sentiu-se o efeito do aumento da escolaridade obrigatória, mas isto durará mais um ano ou dois e depois estabiliza», lamentou, dizendo «estou convencido que no próximo ano ainda possamos ter um resultado próximo do deste ano, mas não será possível mantê-lo durante muito mais anos».

Sara Guterres «Crescemos muito mais do que quase todos os Politécnicos do interior», afirma Constantino Rei

Comentários dos nossos leitores
Mike mikealfa@hotmail.com
Comentário:
Espero que sim, pois um quarto na Guarda arrenda-se por 90 euros e no Porto já precisamos de 400, mas os custos com aquecimento de água são muito mais elevados na Guarda. Viseu tem uma população estudantil de 9 mil estudantes com a Universidade católica e institutos, não compare o que não é comparevel.
 

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