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Internacionalização em destaque no plano de atividades da ACG para 2012

A Associação do Comércio e Serviços do Distrito da Guarda (ACG) anunciou ontem, numa conferência de imprensa que decorreu no Hotel Vanguarda, o seu plano de atividades para 2012. O apoio à internacionalização e modernização de empresas, e a promoção turística e gastronómica da região são as traves mestras do plano, que tem um orçamento de cerca de um milhão de euros, e que pretende apoiar os empresários do distrito, com o objetivo de os ajudar a ultrapassar a atual crise económica.

A Associação do Comércio e Serviços do Distrito da Guarda (ACG) anunciou ontem, numa conferência de imprensa que decorreu no Hotel Vanguarda, o seu plano de atividades para 2012. O apoio à internacionalização e modernização de empresas, e a promoção turística e gastronómica da região são as traves mestras do plano, que tem um orçamento de cerca de um milhão de euros, e que pretende apoiar os empresários do distrito, com o objetivo de os ajudar a ultrapassar a atual crise económica.

O responsável realça a importância da internacionalização das empresas, considerando tratar-se de «um assunto cada vez mais importante, dada a fragilidade do mercado regional e nacional». «Entendemos que neste momento a realidade do distrito da Guarda é complicada, por conta da crise geral do país e da crise profunda do Interior, a que se juntam as más políticas, e nesse contexto as empresas que queiram continuar a viver apenas do mercado interno irão ter grandes dificuldades». Daí que a ACG encoraje o estabelecimento de empresas da região em mercados como os de Espanha e dos países lusófonos. Para apoiar as empresas que se queiram expandir além-fronteiras, a ACG prevê implementar o Projeto Gesnet, centrado na criação de uma rede info-empresarial com um portal exclusivamente dedicado ao empreendedorismo e à internacionalização. O raio de ação neste âmbito engloba também a prestação de apoio na consultoria, e a realização de um ciclo de seminários subordinados ao tema da internacionalização, bem como a partilha de casos de sucesso, Isto porque o processo de internacionalização de negócios representa, para Paulo Manuel, «um risco muito grande», daí que a associação que dirige pretenda apoiar devidamente os empresários para que o procedimento seja feito «com pés e cabeça, baseado em estudos de mercado e avaliações corretas». A medida incidirá nos setores do turismo, agro-alimentar e rochas ornamentais.

No próximo ano, a Associação Comercial também avançará também com o projeto “Guarda Prestige”, que visa promover a modernização e promoção do comércio tradicional, e com a terceira fase do programa “Dinamizar”, dirigida às áreas da consultoria e da formação, entre outras ações.

Parte integrante do plano de atividades para 2012 é também o lançamento de um roteiro turístico distrital, dada a importância do setor do turismo para o distrito, e que servirá para «apoio ao turista», e para a promoção da região da Guarda. Será também elaborado um roteiro gastronómico, para providenciar «informação fácil para quem nos visita acerca da oferta turística e de restauração», referiu Paulo Manuel.

A instituição tem também projetado o lançamento de uma nova imagem corporativa e uma maior aposta nas novas tecnologias, bem como a criação de um espaço tecnológico na sua sede, e a reconversão de todo o logradouro da Associação Comercial, não só da muralha como de todo o espaço envolvente, tendo em vista a criação de 40 novos lugares de estacionamento, para utilização dos associados e clientes das lojas comerciais da Zona Histórica da Guarda.

Paulo Manuel aproveitou também fazer um balanço do ano que agora termina, referindo que «2011 foi um ano muito bom para a ACG, tanto do ponto de vista dos projetos como em termos financeiros, uma vez que conseguimos estabilizar a dívida, amortizando 70 mil euros de um total de 97 mil», revela. Por outro lado, «foi um ano para esquecer em termos empresariais, e mesmo em termos associativos, pois em geral, os nossos associados, com as dificuldades com que se debateram nas suas empresas, tiveram pouca disponibilidade para a política associativa». E para 2012 não se anteveem melhorias, uma vez que, segundo adiantou Paulo Manuel, «este Natal registou-se uma quebra de vendas superior em relação aos natais anteriores, e que pode ultrapassar os 40 por cento. Este dado é preocupante e vem acentuar ainda mais a crise em que se encontra o setor comercial, principalmente por se tratar da quadra natalícia, que é sempre aquele período especial que o comerciante encara como uma tábua de salvação, por ter expectativas de realizar algum lucro ou pelo menos recuperar dos prejuízos que possam ter sido registados ao longo do ano, quando há uma menor atividade».«Perante estes dados, os encerramentos de estabelecimentos comerciais podem acelerar-se depois desta quadra», avisa.

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