Vários foram os incêndios que nos últimos dias afectaram a região, o mais grave dos quais aconteceu no Parque Natural da Serra da Estrela. Na última terça-feira, a cidade da Guarda estava envolta numa nuvem de fumo, devido a um incêndio que ocorreu na zona do Rochoso e que envolveu 38 bombeiros, nove viaturas e um meio aéreo.
Mais grave foi o incêndio registado no concelho de Vila Pouca de Aguiar, distrito de Vila Real, no início da semana, que provocou uma vítima mortal, tendo devastado ainda 21 casas de habitação e dez mil hectares. No local estiveram 447 bombeiros, com 71 veículos e sete meios aéreos. Também a aldeia histórica de Castelo Novo (concelho do Fundão) foi fustigada por um violento incêndio, ao ponto da povoação ter chegado a ser evacuada. De igual modo, a localidade de Pereiros, concelho de Castelo Branco, foi alvo de um grande incêndio segunda-feira.
De acordo com o relatório semanal provisório da Direcção-Geral de Recursos Florestais (DGRF), publicado na quarta-feira da semana passada, o distrito da Guarda é, até 31 de Julho, o mais fustigado pelas chamas com 9.713 hectares ardidos, seguido pelos de Coimbra (9.617) e do Porto (7.976). A área ardida em cinco dos distritos da região Centro (Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Guarda e Viseu) é de 30.102 hectares, o que representa quase metade do manto negro em todo o território nacional ao longo deste ano (68.166 hectares).
