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Incêndio no Sabugal destruiu cerca de 5.000 hectares

Câmara Municipal já apurou os prejuízos causados pelas chamas e tem prestado apoio aos proprietários das áreas afetadas

Mais de uma semana após o incêndio de grandes dimensões que lavrou no concelho do Sabugal já foram apurados os prejuízos causados pelas chamas, que consumiram cerca de 5.000 hectares de floresta, áreas de cultivo e pastagens. Além destes danos, o fogo trouxe também consequências para os criadores de gado da zona aos quais a autarquia raiana está a prestar o apoio possível.

O incêndio esteve ativo no fim-de-semana de 22 e 23 de agosto, destruiu uma vasta área de cultivo, floresta e pastagens nas localidades de Sortelha, Quintas de São Bartolomeu, União de Freguesias de Pousafoles do Bispo, Penalobo e Lomba, Aldeia de Santo António e Sabugal. De acordo com Delfina Leal, vice-presidente do município, «resultaram enormes prejuízos para a população, nomeadamente para os proprietários de explorações agrícolas e pecuárias». A autarca acrescenta que estes proprietários, das zonas de Quarta-Feira, Espinhal, Águas Belas, Quinta do Clérigo e Sortelha, ficaram «sem meios de subsistência para os animais», uma situação que está a ser colmatada com o apoio da Câmara com a oferta de fardos de palha para tentar «minimizar as dificuldades sentidas». Até agora, a autarquia do Sabugal adquiriu 1.260 fardos de palha, grandes e pequenos, que está a distribuir pelos criadores afetados.

O fogo destruiu ainda olivais, pomares de árvores de fruto, colmeias, sistemas de rega, anexos e maquinaria agrícola, bem como de vários animais, entre outros bens. Apesar de não terem atingido nenhuma habitação, as chamas acabaram por causar a morte de um homem na aldeia da Sobreira quando este tentava ajudar um vizinho a salvar um rebanho de cabras. Os prejuízos são «com certeza avultados, mas a autarquia ainda não concluiu o apuramento do valor em causa», disse Delfina Leal, segundo a qual o município não vai reclamar junto do Governo o estatuto de calamidade porque, «felizmente, o incêndio não tomou proporções de gravidade suficiente para o fazermos». Contudo, o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) tem andado no terreno para fazer o levantamento de todos os incêndios da zona, no sentido de elaborarem um relatório para o Ministério da Agricultura. No período mais crítico estiveram envolvidos no combate ao incêndio cerca de 404 operacionais, apoiados por 130 viaturas e vários meios aéreos.

Fogo prejudicou maioritariamente proprietários de explorações agrícolas e pecuárias

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