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“InBlues” arranca no TMG

Ciclo dedicado aos blues inclui quatro concertos até ao final do mês

A dupla francesa Alain Giroux & Jean-Louis Mahjun abre, no sábado à noite, a edição deste ano do “InBlues – Festival de Blues da Guarda”. O ciclo é promovido pelo TMG e conta ainda com a participação dos ingleses Billy Jenkins e Steve Morrison, do norte-americano Super Chikan and the Fighting Cocks e do músico espanhol Agustin Portalo.

Os primeiros a subir ao palco do pequeno auditório juntaram-se na década de 80 em Paris. Desde então Jean-Louis Mahjun, violinista admirador de Hendrix e Zappa, e Alain Giroux, guitarrista entusiasta de Big Hill Broonzy e Robert Johnson, têm protagonizado improvisações memoráveis. Em 1992 editaram o seu primeiro trabalho e, mais recentemente, um novo disco, intitulado “Double Jeu”, onde exploram os ritmos de “world” e blues com algumas percussões latinas à mistura. O “InBlues” prossegue na quinta-feira, com o duo Billy Jenkins e Steve Morrison e o espectáculo “Here is the Blues”, em que apresentam um novo programa dos blues a duas vozes e duas guitarras. São canções sobre a sabedoria, a tristeza e a estupidez da natureza humana, aliadas aos temas originais e a clássicos reconstruídos pela dupla. Este concerto é feito em colaboração com o Teatro Académico Gil Vivente (TAGV), de Coimbra.

A 14 de Março entra em cena James Louis Johnson, aliás Super Chikan, vindo directamente do Mississipi, berço dos blues. O norte-americano actua com os The Fighting Cocks. O seu disco “Blues Come Home to Roots” contempla 14 músicas originais. “Eu não canto os blues apenas, eu sou o blues”, sublinha o guitarrista. Este espectáculo vem à Guarda em colaboração com o TAGV. A fechar o festival, no dia 27, estará Agustin Portalo, com “One Man Band” no café-concerto. A ideia deste projecto nasceu da possibilidade de isolar na guitarra o som da quinta e da sexta cordas das restantes. Desta forma, estas duas são tratadas como as cordas de um baixo eléctrico, levando uma textura e equalização independente das restantes. A esta guitarra transformada, Agustín Portalo resolveu adaptar outros mecanismos de forma a conseguir tocar bateria com os pés. O resultado, «depois de rigorosos ensaios para conjugar todos os elementos», é um reportório de canções originais e de algumas versões, harmonizando, ao mesmo tempo o baixo, a guitarra, a bateria e a voz, refere a produção.

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