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Impunidade

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Um dos maiores problemas da sociedade está na força da impunidade e esta coloca-se diretamente com a ausência de equidade. Com a presença de uma falta de fiscalização ou medo da observação atuante vão aglomerando os processos em que os gestores fazem o que lhes dá na gana. Assim estamos perante um Estado que está a pretender desempregar pessoas e pontilha o país de concursos públicos para contratar quadros frequentemente com perfil desenhado. Nada de novo não fosse isto acontecer quando se vão encerrar dezenas de instituições públicas, fechando hospitais, fechando tribunais, encerrando repartições do fisco, vendendo património do Estado lucrativo como era a EDP, a PT e a REN. A impunidade grassa entre decisores arrogantes, floresce com gente leviana e prepotente. Uma maneira de governar é a de incluir, reunir para os processos todos aqueles que participam da produção ou da função. Não podemos deixar ninguém excluído para evitar a arrogância do mando e a ignorância das alternativas. Decidir é percorrer um longo corredor de soluções e escolher uma porta depois da argumentação transparente e aberta. Não devemos ter decisores prepotentes que não são avaliados, que não são verificados e frequentemente corrigidos. A correção dos decisores é um processo de conduzir modéstia aos lugares onde o poder pode tornar-se arbitrário. A força da democracia está nas instituições que modelam a impunidade e nas administrações, nas lideranças, na gestão pública e privada devem existir forças de bloqueio e catalisadores de reformas. Entre eles está a virtude do caminho aberto. Temos de fiscalizar a impunidade e tentar evitar que ela contagie Portugal.

Por: Diogo Cabrita

Comentários dos nossos leitores
Maria Celeste Brigas Dias Correia brigascorreia@portugalmail.pt
Comentário:
Bem haja pela sua “CORAGEM” e “Talento”. Felizmente que nos cruzamos com portugueses “LÚCIDOS”, cidadãos de corpo inteiro.Parabéns.! Sabe-me Bem a sua forma de comunicação escrita!!!.
 

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