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IMI nos máximos em oito concelhos da região

Apenas Almeida, Figueira de Castelo Rodrigo, Sabugal e Vila Nova de Foz Côa optaram por manter a taxa mais baixa

Oito municípios da Beira Interior vão cobrar o IMI pelo valor máximo aos seus habitantes em 2011.

De acordo com as intenções comunicadas pelas autarquias à Direção-geral dos Impostos (DGCI), Celorico da Beira, Covilhã, Fornos de Algodres, Fundão, Gouveia, Guarda, Mêda e Seia optaram por aplicar uma taxa de imposto de 0,7 por cento sobre os imóveis que ainda não foram avaliados à luz das regras do Código do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI). Ou seja, praticam os mesmos valores que a generalidade dos grandes centros urbanos. Aguiar da Beira, Belmonte, Castelo Branco e Pinhel vão cobrar 0,60 por cento, enquanto em Trancoso a taxa será de 0,50. Como em 2011, Almeida, Figueira de Castelo Rodrigo, Sabugal e Vila Nova de Foz Côa optaram por manter o valor mais baixo (0,40). Relativamente à taxa aplicável aos prédios que já foram reavaliados à luz das novas regras, a tendência é a mesma, com aqueles oito municípios a cobrarem o máximo permitido por lei. Nos restantes, a taxa varia de 0,20 por cento em Almeida, Sabugal e Foz Côa, a 0,30 em Belmonte, Castelo Branco, Pinhel e Trancoso.

Estas tendências de agravamento fiscal coincidem com um período em que estão a ser impostas severas restrições financeiras ao poder local. Pelo segundo ano consecutivo, os municípios receberão menos transferências do Orçamento do Estado. Em termos acumulados são quase 250 milhões de euros a menos, uma contração que se vem juntar a uma maior restrição ao nível da contração de empréstimos. Em 2012, pelo menos 180 autarquias portuguesas vão cobrar uma taxa de imposto de 0,7 por cento, contra 168 municípios em 2011. No segundo caso, há 149 municípios onde se cobrará uma taxa de 0,4 por cento sobre o valor patrimonial, mais cinco do que no ano transato.

Comentários dos nossos leitores
antonio vasco saraiva da silva vascosil@live.com.pt
Comentário:
Está aqui uma medida que o interior devia ter em conta. Se queremos gente a viver neste interior temos de o podar da política, tornar o interior e taxá-lo com o mesmo nível de impostos de outras regiões do país, como o litoral, a capital e o grande Porto. Não me parece de todo uma medida acertada, se queremos manter a gente neste nosso interior já por si fustigado e amaldiçoado pelo poder central. Devemos começar por ter medidas actrativas, de modo a fixar as pessoas e naquilo que depende directamente da gestão das autarquias, deviam ser elas a dar o exemplo e não irem a reboque deste Governo, que, apadrinhado com a troika, nos esvazia os bolsos e nos deixa descalços, a morrer à fome. Tenham bom senso!
 

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