«A ideia inicial era fazer um boneco de neve, mas optámos por algo menos usual», adianta Daniel Andrade, um dos criativos que idealizou e construiu o iglô que chamou as atenções no centro da cidade durante várias horas. A estrutura de neve fez as delícias dos guardenses e espalhou-se rapidamente pela imprensa nacional e redes sociais.
«Ficámos muito surpreendidos com tanto interesse e a aceitação não podia ser melhor. Será algo a repetir, pois as pessoas vão querer ver isto mais vezes», afirmou o guardense a O INTERIOR. O projeto arrancou com quatro pessoas ligadas ao atelier 33, mas depressa integrou alguns curiosos: «Houve gente que quis ajudar e nós aceitámos de bom grado. Uns foram passando e outros ficaram mesmo até ao fim», revela. O iglô demorou quase sete horas a ser construído – ficou pronto às cinco da manhã – e contou com a participação de «20 a 25 pessoas». O tempo foi mesmo o maior “inimigo”, já que «o projeto nasceu um pouco por senso comum, pois temos noções de escultura», acrescenta o designer de equipamento.
Para ele, esta iniciativa «destacou-se pela diferença porque nunca tinham visto um iglô e acharam original. Não esperávamos uma resposta com esta dimensão, mas é bom e estamos muito contentes», admite. Esta “brincadeira”, a que o extenso manto de neve convidou, levou vários curiosos à Praça Velha para registar o momento, mas também foi notícia nos principais meios de comunicação do país. Apesar de não ter sido «intencional», o atelier 33 acabou por estar em destaque e teve divulgação a nível nacional: «Foi bom também para mostrar que há coisas novas a acontecer na Guarda», indica. Inaugurado no início de novembro, o espaço tem tido uma «adesão boa, porque não há nada parecido na cidade e marca pela diferença», pelo que «superou as expetativas», avança Daniel Andrade.