Perante fraca assistência no Estádio Municipal, o Seia FC apresentou na primeira parte argumentos relevantes para poder construir um resultado positivo face a um Vilar Formoso muito tímido inicialmente, fazendo o seu jogo a meio-campo e desferindo contra-ataques esporádicos, dando também muitos espaços ao adversário.
Os locais aproveitaram e exploraram muito bem estas circunstâncias e conseguiram várias oportunidades de golo, podendo ter resolvido a partida numa primeira parte em que a sorte não quis nada com os avançados senenses. Fábio José, por duas vezes, Hugo Mendes, por outras tantas, podiam ter marcado, mas foi Tiago Filipe o mais infeliz quando, só com o guarda-redes pela frente, tentou um chapéu que saiu muito alto. Muito perdulários, os donos da casa conseguiram inaugurar o marcador aos 40’, numa jogada bem conduzida e melhor concluída por Fábio José. Foi um golo mais que merecido, já que o Seia tudo fez para ir para o intervalo a ganhar. Contudo, três minutos passados confirmou-se o velho ditado segundo o qual “quem não marca sofre“ e os serranos foram apanhados num contra-ataque concluído por João Ribeiro. Estava dado o primeiro passo para o ”KO” da turma da casa.
O intervalo chegou com o empate a um golo, um resultado injusto para os locais, pois tiveram as oportunidades flagrantes de golo. Na segunda parte, o “calvário” voltou a importunar a turma serrana, sem apelo nem agravo. João Ribeiro marcou aos 51’ e o pânico instalou-se na defensiva senense, já que o mesmo jogador voltou a faturar dois minutos depois. João Ribeiro conseguiu um “hat-trick” que baralhou em demasia a equipa local, que sentiu muito os dois golos de rajada e demorou em demasia a voltar ao jogo. Só com as substituições operadas por César Fernando é que os senenses retomaram o controlo do encontro. Nesta fase, o futebol praticado já não era o melhor devido a alguma quebra física das duas equipas, mas o Vilar Formoso mostrou ser uma formação mais madura, controlou a partida e até ampliou o marcador ao cair do pano por José Luís. Quanto à equipa de arbitragem, já a vimos fazer melhor, embora não tenha tido influência no resultado.
Arlindo Marques