Harry Styles fez a sua estreia a solo no mundo da música. Após a carreira no famoso grupo One Direction, podemos dizer que Styles pretende desprender-se da imagem de “rapaz” com este novo álbum. “Harry Styles”, título do trabalho, mostra um lado mais maturo do artista, através do qual pretende criar uma nova imagem de “Homem”.
Além desta nova imagem mais crescida, com este projeto Styles surpreendeu também com um novo estilo musical. Ao contrário do dito som “normal” dos One Direction, ou seja, pop comercial, Harry mostrou a sua alma rockeira com o primeiro álbum, lançado em maio de 2017. “Harry Styles” tem dez faixas com um som similar, permitindo uma consistência ao longo do álbum. “Meet Me In The Hallway” é o tema de abertura, acústico e sereno, é uma música que faz lembrar um pouco uma banda sonora de um filme de cowboys. Apesar de calmo, a voz do cantor causa bastante impacto, o que o torna num bom tema de começo.
Já “Sign Of The Times” é uma balada perfeita. Trata-se do tema que introduziu o artista na sua carreira a solo e que rapidamente fez grande furor. Com um instrumental iniciado ao som do piano, vai gradualmente aumentando à medida que mais instrumentos se juntam à melodia. Isto torna este tema numa música que vai ganhando força aos poucos até chegar a uma explosão musical, que junta os variados instrumentos com as poderosas notas musicais do artista.
“Two Ghosts” é uma balada acústica com um som familiar, talvez por evocar uma nostalgia de um antigo relacionamento. Um instrumental maioritariamente de guitarra acústica, com alguns acordes elétricos e a voz de Harry, torna este tema numa ótima música de reflexão e relaxamento. “Sweet Creature” é uma música puramente acústica, crua e que revela uma certa paixão na voz do cantor.
Por sua vez, “Kiwi”, sétima música do álbum e uma das mais poderosas, é um instrumental com uma forte precursão e poderosos acordes de guitarra elétrica que nos remetem para um rock dos anos 70. “Harry Styles” é um álbum que expressa perfeitamente as emoções do artista ao longo dos temas. É um projeto muito bom para um primeiro álbum e que, como disse inicialmente, afasta o artista da antiga imagem de ídolo de uma “boysband”.
Susana Nevado