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Há concelhos em situação de «paralisia e agonia» económica e social

O alerta é do PCP da Guarda, que critica a actual conjuntura regional

Existem concelhos no distrito da Guarda que se encontram a viver numa situação de «paralisia e agonia económica e social absoluta», como é o caso de Gouveia. O alerta é feito por João Abreu, membro do Conselho Regional da Guarda do Partido Comunista Português, que esteve reunido no último sábado para analisar a actual situação política e social da região.

O desemprego é uma das principais preocupações dos comunistas, por se tratar de um «problema gravíssimo» que se faz sentir ainda mais numa região «deprimida» como o distrito, visto «não haver alternativas e novas empresas» que «absorvam as perdas sofridas por sectores em crise», sublinha João Abreu. Esta conjuntura acaba por se reflectir «numa degradação constante e permanente do nível de vida das populações». Outro tema abordado pelo PCP da Guarda foram os prejuízos causados pelos incêndios e o facto do distrito ter ficado de fora do mapa dos parques de recepção de madeiras queimadas. Desta forma, as vítimas dos incêndios que assolaram a região deparam-se com um «grave problema» devido ao facto do distrito «não ter um único estaleiro onde possa entregar as suas madeiras», cujo preço de intervenção o Governo definiu em 25 euros por tonelada. O parque mais próximo situa-se no Fundão, daí que o dirigente comunista considere que «estes cinco contos não dão sequer para o carreto, quanto mais para compensar os agricultores pelas perdas sofridas», critica. De resto, no rescaldo dos incêndios ficaram «muitas famílias em situação absolutamente precária, com as suas fontes de rendimento provenientes da floresta completamente dizimadas», para além do PCP considerar «irrisórios» os apoios governamentais disponibilizados às famílias vítimas dos incêndios.

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