Arquivo

GX Guarda ausente da final da Taça e Supertaça

Boavista conquista em Olhão últimos troféus da época de xadrez por falta de comparência dos guardenses

O Grupo de Xadrez da Guarda (GXG) não vai comparecer este fim-de-semana em Olhão para disputar a finalíssima da Taça de Portugal e o jogo da Supertaça com o Boavista. A decisão já foi comunicada à Federação pelo clube, que alega não poder efectuar a deslocação ao Algarve devido à indisponibilidade dos seus jogadores. Os guardenses lamentam a «intransigência» da organização e invocam «falta de condições desportivas ideais» para jogar contra o clube portuense. Assim sendo, o Boavista vai conquistar os dois troféus por falta de comparência dos guardenses.

A partida da Taça entre duas das melhores equipas portuguesas da actualidade devia realizar-se após o empate (2-2) registado em Novembro no final da “final four”, um resultado surpreendente e pouco habitual a este nível da competição. Só que o GXG responsabiliza a organização pela não comparência: «Tinha ficado acordado que estes encontros iriam realizar-se num local mais próximo. A Covilhã e Mangualde tinham proposto organizar o evento, mas a Federação preferiu Olhão onde as condições de alojamento e competitivas são uma treta», explicou António Ferreira, presidente do clube guardense. Também a distância a percorrer foi outra grande contrariedade, uma vez que os jogadores que formam o quarteto principal do GXG não podem, por razões profissionais e pessoais, viajar de véspera. «Os profissionais do Boavista moram em Lisboa e estão a duas horas de Olhão. Nós temos que atravessar o país para lá chegar e no próprio dia da final da Taça, porque nenhum dos nossos xadrezistas podia abdicar da tarde de sexta-feira. Acresce a isso que o João Guerra e Costa, que é estudante, tinha que vir do Porto. Nestas condições, fiquem com a taça», adianta o dirigente e jogador, que é advogado na Guarda.

António Ferreira lamenta a «intransigência» da Federação e garante que a decisão não foi tomada de ânimo leve, mas após os xadrezistas e responsáveis do GXG verificarem que «não haveria em Olhão as condições desportivas ideais» para jogar contra o Boavista. «Assim não dá», conclui. Recorde-se que nos últimos cinco anos, a Guarda participou em quatro finais da Taça de Portugal – foi eliminada nos quartos-de-final em 2003 -, numa finalíssima e nas consequentes Supertaças, quer na qualidade de campeão nacional ou de finalista da Taça. O GXG conquistou a edição anterior da Supertaça frente à Academia de Gaia, numa final disputada em Viseu. Recorde-se que na “final four”, também realizada em Olhão, Boavista e Guarda eliminaram com grande facilidade o Clube TAP e o Clube de Pessoal da EDP, respectivamente, nas meias-finais. Na final, os melhores xadrezistas portugueses estiveram frente a frente mas nenhum conseguiu superiorizar-se ao seu oponente no respectivo tabuleiro. O GXG alinhou com Kevin Spraggett, Fernando Ribeiro, António Ferreira e João Guerra e Costa, enquanto pelo Boavista alinharam Luís Galego – o melhor xadrezista nacional do momento -, Rui Dâmaso, Fernando Diogo e Carlos Pereira dos Santos.

Luis Martins

Sobre o autor

Leave a Reply