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GuardaLink constituída em Maio

Transportadoras de mercadorias que vão integrar o projecto reuniram no NERGA na segunda-feira

A sociedade GuardaLink, uma grande transportadora de mercadorias pensada para ombrear com as maiores firmas nacionais e internacionais do sector, vai ser formalmente constituída a 19 de Maio. A data da realização da escritura foi escolhida na última segunda-feira, durante uma reunião que juntou as empresas fundadoras no NERGA – Associação Empresarial da Região da Guarda. Entretanto, já estão concluídas as negociações com a Câmara para a cedência de um terreno na PLIE, que será formalizada «em breve», adianta Manuel Torres, do Gabinete de Apoio ao Empresário da associação.

Neste momento, são 21 as empresas que já entregaram naquele gabinete os 10 mil euros para o capital social, sendo que «14 são da Guarda e as restantes de fora, nomeadamente de Viseu e Lisboa», refere aquele responsável e grande dinamizador do projecto. Em Janeiro deste ano, o dirigente do NERGA adiantava que havia um total de 25 firmas do sector interessadas em integrar o GuardaLink. «Parece-me que, nos últimos tempos, houve empresários que pensaram que o projecto estava parado e estou convicto que, agora que a data da escritura de constituição da sociedade está marcada, vão aderir», afirma, ao salientar que os interessados poderão integrar o projecto após a escritura. Quanto à frota, as empresas agregadas reúnem um total de 598 camiões – número acima do que foi apontado inicialmente, que era na ordem dos 500. Relativamente ao terreno na PLIE, de 35 mil metros quadrados, Manuel Torres não revela, para já, os termos do acordo.

«São condições muito favoráveis, até porque a GuardaLink será, sem qualquer dúvida, uma empresa-âncora para a PLIE», garante. Depois de formalizada a escritura para a cedência dos terrenos, segue-se a realização do projecto e, até que a obra esteja concluída, a sociedade transportadora funcionará em instalações provisórias, num local ainda a definir. Logo após a constituição da sociedade anónima, o projecto «está pronto para poder começar a operar», diz Manuel Torres. Para o director do Gabinete de Apoio ao Empresário do NERGA, «estão criadas todas as condições para que vá para o terreno e os interessados tomem nos seus braços o projecto». Este responsável adianta que os serviços administrativos, a central de compras, pensada para reduzir os custos face aos actuais encargos de cada transportadora, e o departamento comercial, ao qual caberá identificar potenciais clientes e concorrer a concursos internacionais, começarão a funcionar nessas instalações provisórias.

O projecto prevê ainda uma central logística, que terá a seu cargo aspectos como a gestão de frotas ou de serviços de clientes; um armazém, com etiquetagem, gestão de devoluções, de embalagens vazias e de grupagem/desgrupagem; e ainda uma área destinada à manutenção para pequenas reparações mecânicas, lubrificações, pneus e lavagens. No centro da estratégia estará ainda a implementação de um “software” capaz de fazer a gestão dos recursos, além de recolher e processar dados de cada uma das empresas em tempo real. Os estudos iniciais estimam que, no primeiro ano, a GuardaLink tenha uma facturação da ordem dos 60 milhões de euros.

Manuel Torres diz que a cedência de terrenos na PLIE está «para breve»

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