As festas populares estão aí após um jejum de cinco anos. A Câmara da Guarda divulgou, na passada segunda-feira, o programa das Festas na Cidade, a realizar nas duas últimas semanas de Julho, que, como antigamente, também estão de volta ao parque municipal com muita música, animação, barraquinhas de comes e bebes, carrinhos de choque e outras máquinas de diversão.
«As festas são para o povo e devemos dar ao povo aquilo de que gosta», voltou a sublinhar Joaquim Valente, presidente do município, durante a apresentação do programa.
Para além do parque, o evento decorre igualmente na Praça Velha a partir de 21 de Julho, tendo como principais destaques os GNR, Luís Filipe Reis – cantor popular natural da cidade –, João Pedro Pais, Luís Represas e um festival de folclore. A autarquia, através de uma comissão de festas, presidida por Carlos Granjo, propõe-se gastar cerca de 143 mil euros e obter entre 30 a 40 mil euros de receitas de bilheteira. Contudo, os guardenses só pagarão (2,5 euros) para entrar no recinto do parque, já que os espectáculos da Praça Velha são gratuitos. Paralelamente, as principais ruas da cidade acolherão uma edição da BeirArtesanato, promovida pela Associação Empresarial da Região da Guarda (NERGA), enquanto o pavilhão do parque receberá uma mostra de actividades e potencialidades das 55 freguesias do município. «Temos que desenvolver acções e promover espectáculos para toda a gente e para todos os cidadãos», disse o autarca, que acredita que os guardenses vão rever-se num programa popular. «O modelo teve bons resultados no passado e é aquilo que queremos para o futuro, pois a Guarda precisa de festas populares», sustenta Joaquim Valente.
Mas há mais e para todos os gostos. Da música popular dos Galandum Galandaina, ao fado de João Braga, Sofia Varela, Diamantina e Gonçalo Salgueiro, passando pelo teatro de revista com o popular Fernando Mendes e o seu espectáculo “O Peso Certo” e pelo tradicional festival de folclore promovido pelo Centro Cultural da Guarda. O figurino tradicional das Festas da Cidade foi suspenso em 1998, quando passaram a realizar-se em três espaços distintos: Praça Velha, Alameda de Santo André e Jardim José de Lemos. No entanto, este modelo sem bilhetes pagos foi suspenso em 2002 com a justificação da «contenção de despesas» na autarquia, reconheceu Maria do Carmo Borges, presidente de então. As Festas regressaram em 2004 “coladas” à Feira de S. João, mas a iniciativa ficou aquém do esperado pelo que, no ano passado, não houve festas.