«Espero que Álvaro Amaro se porte melhor e se lembre que a Guarda é uma cidade que merece uma boa governação», Carlos Adaixo (“Guarda em Primeiro”)
«Apesar de tudo, não podemos considerar os resultados negativos. Claro que ambicionávamos ter um resultado um bocadinho mais expressivo, mas a experiência e aquilo que eram as nossas ideias vão-se manter. Espero que o autarca Álvaro Amaro se porte melhor durante estes quatro anos e se lembre que a Guarda é uma cidade que merece uma boa governação, merece trabalhar por objetivos, merece mais investimento e emprego. Vamos esperar que dias melhores venham e que as coisas corram bem para a população da Guarda. Foi esta a decisão que tomaram e é com essa decisão que vamos ter que viver os próximos quatro anos».
«Sabíamos que o PS iria ter um mau resultado», Jorge Mendes (BE)
«Os resultados do Bloco ficaram aquém das nossas expectativas, mas continuamos a acreditar que o BE pode ser uma força decisiva no novo ciclo autárquico. Os guardenses entenderam reforçar a maioria do PSD, mas como diz o poeta “a razão mesmo vencida, não deixa de ser razão”. Estamos tristes com o resultado, não só do Bloco, mas em termos genéricos, pelo facto de Álvaro Amaro ter reforçado a sua posição. Cá estaremos na luta porque o processo não acabou no dia 1, continuará nos próximos anos. O Bloco está representado na Assembleia Municipal pelo Marco Loureiro, que, dentro das suas possibilidades, continuará a fazer um trabalho notável. Certamente que o BE será uma força interventiva. Sabíamos que nestas eleições o PS iria ter um mau resultado e aquilo que para nós era natural era que houvesse uma alternativa à esquerda, ou seja, que aquelas quase 2.000 pessoas que o PS perdeu pudessem ter votado no BE».
«No concelho verificou-se a moda do antipartidarismo», Carlos Canhoto (CDU)
«Os resultados não corresponderam às nossas expectativas. O que seria desejável era reforçar a votação na CDU e o número de eleitos nos vários órgãos. Houve uma perda de um eleito na Assembleia Municipal e também na Assembleia de Freguesia da Guarda e, de facto, não se verificou a consolidação de votos e de eleitos que gostaríamos. A população fica a perder porque fica mais indefesa nos órgãos autárquicos. É a CDU que tem feito o melhor trabalho na Assembleia Municipal e na Assembleia de Freguesia. Não acho que tenha falhado nada. O populismo da candidatura do PSD deu votos, há alguma concentração de votos da esquerda no PS e na Guarda aconteceu o que se passa noutros concelhos, que é a moda do antipartidarismo, que favorece movimentos falsamente independentes. Verificamos isso com o CDS-PP, que se candidatou sob a bandeira independente, quando na realidade não era, e também o próprio PSD que, em várias freguesias, se candidatou disfarçado de lista independente. Isso denuncia a falácia dos movimentos ditos independentes nas autarquias, que acabam por dar boleia ou encobrir partidos ou autarcas desiludidos. O papel da CDU será o de sempre: estar ao lado das populações, respeitando os compromissos, mas naturalmente com menos força que há quatro anos porque temos menos eleitos».