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Guarda, quem te salvará?

Não posso deixar de pensar no futuro desta cidade. Olhando à nossa volta, a cada dia que passa, vemos outras cidades a evoluir, a captar novos investimentos públicos. E nós? Como é? Parece que não há maneira de sair da “cepa torta”. Quem é responsável por esta situação?

Não tenho dúvidas que são os nossos políticos, mas… Será que na Guarda há disso? Francamente, não me parece. Porquê? Basta olhar para esta cidade. Aparentemente tudo funciona com balões de oxigénio e as incompetências são camufladas com areia para os olhos dos eleitores. Durante as eleições são feitas incontáveis promessas, a Guarda vai ter um sem fim de infraestruturas, blá, blá, blá. O que vemos no terreno? Pouco mais que nada e o que vão fazendo são obras estruturais, são pensadas isoladamente, não têm uma visão de futuro capaz de construir alicerces fortes para crescermos de uma forma sustentada. Independentemente da cor do Governo, a história repete-se. Até podem ir mudando os “actores”, mas o resultado é sempre o mesmo: continuamos a perder serviços e a não ganhar infraestruturas.

Quanto mais se fala na Plataforma Logística menos se vê. Tanto se fala do novo hospital e nem existe local para o construir. Os culpados são os nossos “políticos”. Tenho que pôr esta palavra entre aspas porque, na realidade, não os temos. Nem vale a pena ir votar nas pessoas em que os partidos políticos apostam para a Guarda, porque está mais que provado que a incompetência delas é tanta que não merecem mais o nosso voto. A manter-se o cenário previsto para as próximas eleições autárquicas, as “duas senhoras” vão afinar as línguas e passar a campanha a falar mal uma da outra sem que demonstrem uma verdadeira capacidade de apresentar aos eleitores projectos verdadeiramente capazes de levar a cidade para a frente.

Por outro lado, existem pessoas nesta cidade que a representam bem e que elevam o seu nome a um alto nível. Pessoas que não são filiadas em partido nenhum, mas que provam diariamente que são uma mais-valia para a Guarda e que chegam a ter uma influência maior junto do poder central do que aquelas a quem chamamos políticos. A essas pessoas cabe aceitar um repto: salvar a Guarda.

A receita é uma simples lista de independentes, composta por pessoas válidas com ideias arrojadas, capazes de dar um murro na mesa e exigir, reivindicar projectos verdadeiramente estruturantes. Pessoas que, ao longo da vida, mostraram e mostram que são competentes e coerentes, ao invés daqueles que agem a mando dos partidos. A Guarda precisa de ser salva daqueles que dela só querem o seu próprio bem-estar.

Fernando C. Salvador, Guarda

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