«Queremos pedir a Deus que neve». Este é o desejo de Álvaro Amaro, presidente da Câmara da Guarda, para os próximos anos. O caminho já está traçado e juntamente com a proteção civil municipal, a autarquia pretende acabar com a ideia de que a neve é uma desgraça.
Com uma equipa de 143 homens e 49 meios técnicos pretende-se que não haja nenhum prejuízo para as famílias e instituições e fazer da neve um propulsor da economia da Guarda. O autarca acredita que o dispositivo de intervenção apresentado na passada segunda-feira fará passar a mensagem «se nevou venha à Guarda, porque vai divertir-se». O autarca garante estar prevenido, mas alerta que «há situações que ocorrem sem capacidade de previsão», considerando que este «ainda não é o momento para dizer que estamos cá para desafiar a natureza». O plano liderado pelo serviço municipal de proteção civil está preparado para passar à ação a qualquer momento, sendo que a prioridade é «garantir sempre o socorro das pessoas», afirmou o comandante operacional municipal de proteção civil, Luís Miguel Fontes. Para isso, será primordial garantir o acesso rodoviário entre as duas autoestradas da região (A23 – Guarda/Torres Novas e A25 – Aveiro/Vilar Formoso) e o Hospital Sousa Martins, com a utilização da VICEG – Via de Cintura Externa da Guarda.
«Perante os cenários de neve que anualmente se fazem sentir no concelho da Guarda, com os potenciais constrangimentos que estes representam para a atividade socioeconómica local, assume particular importância a cooperação interinstitucional e a consequente articulação operacional na minimização dos referidos constrangimentos», assegura a autarquia liderada por Álvaro Amaro. O dispositivo de intervenção para os dias de gelo e neve inclui, entre outras entidades, a Câmara, a Estradas de Portugal, os Bombeiros Voluntários, a PSP e a GNR.