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Guarda “oferece-se” para acolher sede da CIM das Beiras e Serra da Estrela

Jantar-debate sobre futuro da região juntou cerca de 250 pessoas, entre autarcas, empresários e várias personalidades

Vários protagonistas políticos do distrito defenderam que a sede da nova Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela fique na Guarda. Esta foi uma das ideias fortes saídas do primeiro jantar-debate subordinado ao tema “Beiras e Serra da Estrela – um desafio novo”, promovido por várias associações empresariais da região no NERGA, na última sexta-feira. A iniciativa reuniu cerca de 250 pessoas, entre empresários, autarcas, políticos e várias personalidades da região.

O primeiro interveniente a lançar o mote para que a futura Comunidade Intermunicipal «tenha a sede na cidade da Guarda» foi Álvaro Amaro, presidente da Comunidade da Serra da Estrela. Quanto a Virgílio Bento, vice-presidente do município da sede de distrito, sustentou que a Guarda «deve assumir a centralidade geográfica e política». Também Henrique Monteiro, presidente da concelhia local do CDS-PP, defendeu que o concelho da Guarda «terá uma dupla responsabilidade» no âmbito da nova organização, tendo uma a ver «com a centralidade geográfica e outra por ser a capital de distrito». Já Pedro Farromba, vice-presidente da Câmara da Covilhã, optou por realçar que «não nos devemos centrar onde deve ser a sede da comunidade» e que «um dos caminhos que devemos seguir é a promoção conjunta das nossas potencialidades». Também o presidente da Comurbeiras – Comunidade Intermunicipal das Beiras desvalorizou a “provocação” lançada por autarcas do distrito da Guarda sobre a localização da sede da nova CIM: «Sobre isso não falo porque as atuais comunidades têm sedes estatutárias e os respetivos membros vão ter que decidir, mas isso só depois de outubro», afirmou.

Carlos Pinto deu uma resposta semelhante quando questionado se está disponível para presidir à CIM das Beiras e Serra da Estrela: «Isso é uma matéria que deve colocar aos futuros presidentes de Câmara porque eles é que vão ter que decidir», frisou o autarca. O também presidente da Câmara da Covilhã sublinhou que a nova comunidade permite «alargar em 20 e tal mil pessoas o número de habitantes. São 15 municípios com cerca de 50 mil pessoas e isso já nos dá alguma massa crítica e dimensão em termos europeus», que poderão servir para conseguir «vantagens no futuro dos fundos comunitários». Por seu turno, o presidente do NERGA sustentou no final dos trabalhos que «temos que nos unir e deixar de ser invejosos»: «O interior mais do que tudo caracteriza-se por inveja. Sempre que há alguma coisa muito boa as pessoas dizem mal por inveja e quem faz bem aqui tem tendência a ir embora. Temos que alterar essa cultura», afirmou Pedro Tavares. Sobre o jantar, o empresário mostrou-se «satisfeito» com uma iniciativa, onde houve «opiniões diversas». Durante a iniciativa foi anunciada a criação do Conselho Empresarial da Região das Beiras e da Serra da Estrela, que irá congregar nove associações empresariais e comerciais dos distritos da Guarda e Castelo Branco.

Ricardo Cordeiro Carlos Pinto, ao centro, salientou que a nova CIM vai permitir um reforço de «massa crítica»

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