A falta de limpeza dos terrenos já obrigou a Guarda Nacional Republicana (GNR) a levantar 4.204 multas até ao dia 29 de julho. Destas, 472 infrações aconteceram na Guarda, que é o segundo distrito do país com mais coimas. À frente só Santarém, onde foram registadas 790 multas e a seguir está Braga, com 371.
A limpeza obrigatória de terrenos surgiu no âmbito do plano de prevenção de incêndios. O Governo estima que já terão sido limpos 2.800 hectares à volta das casas e à volta dos aglomerados. Das mais de quatro mil infrações registadas, cerca de 1.200 foram, entretanto, anuladas, porque os proprietários dos terrenos limparam conforme determina a lei. A 1 de agosto o número de autos levantados no distrito da Guarda já chegava aos 532, adiantou o capitão Cláudio Saraiva, Relações Públicas da GNR da Guarda. Embora reconheça que «tem havido no distrito uma preocupação por parte dos proprietários com a limpeza de terrenos», o oficial considera que não é de mais lembrar que há cuidados a ter nos meses em que o calor aperta, reforçando que «se as pessoas não tiverem cuidados os meios podem ser insuficientes».
Para prevenir surpresas indesejáveis, a GNR continua no terreno e a principal preocupação «são as zonas de interface urbano, ou seja, zonas florestais e agrícolas junto aos aglomerados populacionais», pois em caso de incêndio é importante assegurar «que as populações não ficam em risco». Também a rede viária que serve as localidades «deve estar desobstruída para que, em caso de ocorrência, os meios de socorro possam chegar em condições de segurança». Segundo Cláudio Saraiva, há «uma vigilância atenta» em todo o território, onde, além da GNR, estão também no terreno as forças e 26 equipas de sapadores florestais.
