Carlos Gomes, responsável nacional pelo programa de Teleassistência da Cruz Vermelha esteve na Guarda, na última sexta-feira, para apresentar o sistema às Câmaras da Guarda e de Almeida.
A Teleassistência é um serviço telefónico de apoio, pensado para melhorar a qualidade de vida, saúde, segurança e auto-estima dos seus utilizadores. O serviço permite, a todos aqueles que se encontram em situação de dependência (por velhice, doença prolongada, convalescença, incapacidade ou isolamento), bem como às pessoas autónomas, mas que desejem sentir-se acompanhadas, dispôr de uma resposta imediata em qualquer situação de emergência. Funciona 24 horas por dia, 365 dias por ano e abrange todo o território nacional. O utente tem à sua disposição uma pulseira ou colar de pescoço com um botão de emergência que, ao ser pressionado, estabelece contacto imediato com o call-center da Cruz Vermelha. Através de um terminal telefónico colocado no domicílio do utente, este poderá falar com a operadora sempre que precisar, através da função de alta-voz, cabendo-lhe avaliar a situação crítica e dar a resposta mais adequada ao alerta. Para isso, activa, se necessário, os meios de socorro mais rápidos ou contacta directamente a família ou vizinhos. A pensar nos utilizadores autónomos e que passam muito tempo fora de casa, há a opção do serviço móvel da Teleassistência: um telemóvel com um botão de pânico e que fornece a localização do utente, onde quer que esteja.
Lurdes Saavedra, vereadora da autarquia guardense, mostrou-se agradada com o que ouviu e admitiu que, «em breve», o projecto pode vir a estar implementado no concelho. De resto, uma parceria com a autarquia de Almeida para a aquisição do equipamento não está fora de questão, «até porque permitirá ter vantagens aquando da discussão do preço», refere. «No concelho da Guarda, tendo em conta o número de freguesias e a sua dispersão, faz todo o sentido implementar a Teleassistência», justifica, acrescentando que o sistema da Cruz Vermelha poderá ser útil, sobretudo, «no apoio domiciliário». Agora, a proposta será analisada pelo executivo. «Estes projectos têm de ser pensados rapidamente para que possam estar no terreno o quanto antes», admitiu, no entanto, Lurdes Saavedra já à margem da apresentação.