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Guarda com Carta Educativa

Autarquia apresentou outras novidades para o próximo ano lectivo

Com o novo ano lectivo à porta, a Câmara da Guarda anunciou terça-feira algumas novidades e projectos na área da educação e do desporto para o concelho. O destaque vai para a apresentação da Carta Educativa e o ensino do inglês para todos os alunos do 1º Ciclo do Ensino Básico.

Quanto à Carta Educativa da Guarda, Amândio Baía, vereador do pelouro da Educação e do Desporto, remeteu para a apresentação a fazer na próxima quarta-feira, quando António Rochete, do Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Coimbra, a divulgar no Conselho Municipal de Educação. «Vai ser apresentada uma versão quase final», adianta o vereador, mas no dia seguinte será feita outra sessão, desta vez para os participantes do 4º Encontro de Docentes da Guarda. «Este documento vai definir estratégias de actuação ao nível do ordenamento e de políticas de educação», garante Amândio Baía. O documento mereceu um investimento de 37,5 mil euros. Trata-se de um instrumento estratégico e de planeamento sectorial, «que deve ser articulada com a Carta Desportiva e os planos municipais de ordenamento do território, sobretudo com o Plano Director Municipal», realçou Álvaro Guerreiro, presidente da autarquia guardense. Com base no levantamento de todos os dados relacionados com a educação, a Carta será uma «ferramenta útil para gerir a rede escolar», acrescenta. No entanto, a especificidade de cada uma das medidas só será conhecida dia 7. Certo é que contém a problemática das escolas do ensino básico que vão encerrar no concelho, tal como as valências do Centro Escolar de Gonçalo, entre outros itens.

Outra novidade são as aulas de inglês, a partir de 3 de Outubro, para todos os alunos do 1º Ciclo do Ensino Básico. Trata-se de uma normativa governamental, mas que a autarquia, em parceria com os agrupamentos de escolas do concelho, agilizou de forma «a que haja igualdade de oportunidades», destaca Amândio Baía. O projecto prevê a constituição de 44 turmas, com alunos dos 3º e 4º anos de escolaridade. Ao todo serão abrangidos cerca de 884 alunos, 650 dos quais pertencem à cidade e 234 ao «mundo rural» (sic). As aulas de inglês serão leccionadas em horário pós-escolar nos próprios estabelecimentos, com excepção de algumas freguesias cujos alunos serão transportados para comunidades escolares mais próximas para rentabilizar os dez docentes a contratar pela autarquia, através de um enquadramento legal. «Há uma acção educativa estrategicamente integrada», congratula-se o vereador. Já Álvaro Guerreiro considera que «é de pequenino que se deve lidar com as auto-estradas da comunicação», por isso há uma grande aposta da autarquia nos espaços de Internet e multimédia. Caso dos 12 postos multimédia localizados no átrio das Piscinas Municipais, com acesso gratuito, o Cybercentro, a inaugurar entre 15 e 26 de Setembro, a par da instalação da banda larga actualmente «em fase de conclusão», acrescentou Amândio Baía.

Fundo Municipal do Livro para 550 alunos

À semelhança de anos anteriores, este ano a Câmara Municipal também vai entregar três manuais escolares aos alunos carenciados que frequentam as escolas do ensino básico do concelho, incluídos nos escalões A e B da Acção Social Escolar. O “Fundo Municipal do Livro” abrange 550 alunos, o que perfaz um investimento de 25 mil euros. Ainda no âmbito da acção social escolar, a frota da autarquia vai ser apetrechada com um novo autocarro de 51 lugares e duas viaturas de nove lugares. «Tudo para transportar com melhores condições os nossos estudantes», esclarece o responsável. O Plano Integrado de Educação e Formação (PIEF) é outro dos projectos que vai começar em Outubro. Este curso do segundo ciclo, com sede na Escola Básica 2,3 da Sequeira, abrange 15 alunos em risco de abandono escolar ou trabalho infantil. No domínio do desporto, vai entrar em funcionamento um novo espaço para dar resposta aos clubes que se dedicam ao futebol nos escalões de formação. O complexo desportivo do Zâmbito irá «auxiliar o Estádio Municipal, que está com um nível de ocupação perto do máximo», revela Amândio Baía, que promete para o final do ano uma «versão preliminar» da Carta Desportiva da Guarda, um documento «mais atrasado».

Patrícia Correia

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