Conduziu-o adverbialmente pela mão, a regra e esquadro o levou da semântica à aritmética. No ângulo da sua voz passiva, multiplicou adjectivos, subtraiu-lhe analepses. Das equações fez metonímias, das prosopopeias traçou tangentes. Nas horas escondidas, o riso incandescente dos quocientes inundou os sintagmas de funções diferenciáveis. Do resto inteiro do tempo, a análise da parábola infinitesimal de um corpo elevado a dois, os números naturais de murmúrios anafóricos, os substantivos reduzidos à casa decimal. No caminho aliterado de hipálages e hipotenusas entre a sintaxe e a geometria, elipses sem fim. Não há torres nem palácios, a alegoria está em palavras inauditas, tabelas de integrais.
Por: Nuno Amaral Jerónimo