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Governo financia Parkurbis com mais de um milhão de euros

Obras do núcleo central do Parque de Ciência e Tecnologia da Covilhã deverão arrancar no próximo mês para estarem prontas em 2005

As obras para a construção do Parkurbis – Parque de Ciência e Tecnologia da Covilhã podem arrancar já no próximo mês. O ministro da Economia e o presidente da Câmara da Covilhã assinaram na última sexta-feira o contrato de financiamento que garante 1,25 milhões de euros do Programa Operacional da Economia (POE) para a construção do núcleo central do projecto com o edifício que vai acolher a sede e as primeiras empresas de I&D (Ideias e Desenvolvimento).

Localizada no parque industrial do Tortosendo, o Parkurbis pretende englobar salas de incubação de empresas para iniciativas empresariais e estruturas de apoio, um Centro de Inovação Empresarial, espaços para a instalação de empresas tecnológicas, laboratórios, uma área multiusos e um auditório para 200 lugares, perfazendo um investimento global de 4,3 milhões de euros suportados pelos accionistas, fundos comunitários e investimento privado. Com a empreitada adjudicada em Janeiro último à Betofer, as entidades envolvidas no projecto, onde se incluem a Câmara da Covilhã, a Universidade da Beira Interior (UBI), o Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento (IAPMEI), a Associação dos Industriais de Lanifícios (ANIL), Associação Empresarial dos concelhos da Covilhã, Belmonte e Penamacor (AECBP), Associação Empresarial da Região de Castelo Branco (Nercab), PT Comunicações, Caixa Capital (grupo da Caixa Geral de Depósitos) e Sociedade Gestora de Participações, S.A. (FRULACT), esperam que a obra esteja pronta em meados do próximo ano para que a «curto e médio prazo» o país possa «responder aos desafios das actividades produtivas», salienta Carlos Pinto.

Apesar do projecto ainda estar no «ponto de partida» e de ainda não ser possível fazer promessas, o líder do município covilhanense está confiante que a estrutura poderá trazer tudo quilo que a região ambiciona: «A qualificação do aparelho produtivo, a abertura de novas oportunidades e a fixação de jovens qualificados». Ideia defendida também por Carlos Tavares, ministro da Economia, para quem o Parkurbis, referenciado no Programa de Apoio de Áreas e Sectores Deprimidos (PRASD), é essencial para «desenvolver» a Beira Interior com uma nova iniciativa empresarial onde se devem aproveitar sobretudo as «âncoras» da região, caso da UBI. Aliás, as primeiras ideias inovadoras para revitalizar o tecido empresarial da região provêm essencialmente da “massa cinzenta” da universidade e centram-se sobretudo nas áreas da saúde e das engenharias. A «aposta na inovação e diversificação industrial» e a «alteração dos anteriores modelos de desenvolvimento» são o essencial para criar novas fontes de riqueza e mudar o modelo industrial da região, que tem que aproveitar a sua nova «centralidade» em relação a Lisboa, Porto e Madrid. A Câmara do Fundão já se agregou ao Parkurbis e Belmonte deverá ser a próxima a juntar-se ao projecto.

Liliana Correia

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