Conselho de Ministros decidiu avançar com a requisição civil na TAP, na sequência do pré-aviso de greve para os dias 27, 28, 29 e 30 de dezembro. “A atitude do Governo teria sido diferente se não estivéssemos a falar do Natal”, justificou Pires de Lima.
O ministro da Economia, António Pires de Lima, declarou esta tarde que “uma decisão excecional exige a tomada de uma medida excecional”, referindo-se à requisição civil na TAP, aprovada em reunião do Conselho de Ministros, face ao pré-aviso de greve para o período entre 27 e 30 de dezembro. A medida deverá abranger um universo de 70 por cento dos trabalhadores da transportadora aérea, precisou o governante.
«Tendo em consideração as implicações particularmente graves para o funcionamento e interesse público de um sector vital da economia nacional, face à greve nos dias 27, 28, 29 e de dezembro entendeu hoje o Conselho de Ministros decretar uma requisição civil na TAP», declarou Pires de Lima em conferência de imprensa, no final da reunião do Governo.
Segundo o responsável pela pasta da Economia, os interesses particulares não se podem sobrepor ao interesse público: «O Estado não pode ficar dependente neste periodo especial, o que implicaria prejuízos de milhões de euros e provocaria danos de imagem num sector vital para a nossa economia».
Invocou ainda que as exigências da «mobilidade familiar» foram determinadantes para esta medida. «A atitude do Governo teria sido diferente se não estivéssemos a falar do Natal, desta altura crítica», garantiu Pires de Lima.