O Sporting da Covilhã goleou o Caldas por quatro golos sem resposta e carimbou o passaporte para a terceira eliminatória da Taça de Portugal. Contudo, o esclarecedor resultado final “esconde” as dificuldades sentidas, especialmente no primeiro tempo, pela equipa de Tulipa face a um adversário que subiu esta época à IIª Divisão Nacional.
A primeira jogada de relativo perigo pertenceu aos locais, à passagem do minuto 10, com o reforço Dominic, em boa posição, a cabecear por cima. Aos 19’ foi o Caldas que esteve perto de marcar. Fábio Sabino aproveitou uma saída em falso de Igor Araújo para fazer um “chapéu” que errou o alvo por pouco. Volvidos cinco minutos foi a vez de Aníbal, com espaço na área contrária, não conseguir desviar um livre. Numa primeira parte com pouquíssimos motivos de interesse, Gabi tentou a sua sorte de fora da área aos 32’, mas o remate saiu por cima. No regresso dos balneários, tudo começou a ficar mais facilitado para o Covilhã quando Jorge Sousa entendeu que Tiago Santos jogou a bola com a mão na área e assinalou grande penalidade contra o Caldas. Chamado a converter, Gabi inaugurou o marcador. Os serranos empolgaram-se e, aos 52’, valeu Marco Silva a defender os remates de Joel e de Pedro Ribeiro.
Apesar da inferioridade numérica, os visitantes tentaram importunar a defesa covilhanense e, aos 62’, André Sousa viu o segundo amarelo e deixou as duas equipas a jogar com 10. Logo de seguida, o técnico forasteiro fez uma dupla substituição, mas sofreu outro revés passados dois minutos. Joel cruzou para a área, onde surgiu João Pinto, num lance infeliz, a introduzir a bola na sua própria baliza. A partir daqui, os “leões da serra” passaram a dominar totalmente a partida e estiveram perto do terceiro aos 84’, com Pedro Ribeiro, de cabeça, a forçar Marco Silva a uma boa intervenção. O Caldas ainda tentou reduzir um minuto depois, mas Igor Araújo sacudiu para canto um remate de Fábio Sabino.
Já em período de compensação, quando o resultado parecia definido, o Covilhã marcou mais dois golos. Primeiro, aos 91’, na sequência de um livre, o central Ricardo Rocha subiu mais alto que toda a gente e cabeceou certeiro depois do esférico embater na parte inferior da trave. Aos 93’, foi a vez de Dominic fazer o gosto ao pé e fechar a contagem com um remate cruzado da esquerda. Boa arbitragem do internacional Jorge Sousa.
Ricardo Cordeiro