O grupo territorial da Guarda Nacional Republicana (GNR) realizou, na noite da última sexta-feira, uma operação conjunta com a Guardia Civil espanhola. Segundo o major Cunha Rasteiro, esta acção «de rotina» resultou na elaboração de 45 autos de contra-ordenação e na detenção de quatro pessoas (três por delitos rodoviários e um por posse de armas).
As duas armas apreendidas estavam legalizadas (eram armas de fogo para defesa pessoal), mas, no momento da fiscalização, não cumpriam os requisitos exigidos para o transporte. Cunha Rasteiro acredita que «estas operações são sempre úteis, pois provocam um sentimento de insegurança nos prevaricadores e transmitem segurança à população em geral, que se apercebe das forças policiais na rua e vê que há cuidado e fiscalização na fronteira». Um dos objectivos tinha que ver, precisamente, com as relações transfronteiriças. Desde o início do ano já morreram 20 portugueses nas estradas espanholas, sobretudo trabalhadores que regressam no fim-de-semana.
Na origem desta verdadeira tragédia está a falta de descanso dos condutores, que fazem largas centenas de quilómetros ao volante. Estes trabalhadores foram, por isso, encorajados «a fazer a viagem de forma diferente, descansando ou mudando de condutor», acrescenta o major. Além desta sensibilização, os militares tinham como missão o combate à criminalidade e ao tráfico de armas e estupefacientes.
