A GNR de Pinhel deteve no passado sábado um homem de 31 anos, residente em Póvoa d’El Rei, que tinha fugido do Estabelecimento Prisional da Guarda a 31 de julho.
De acordo com a GNR, a detenção do evadido, sem profissão, «ocorreu após o conhecimento que o suspeito se encontrava no domicílio dos progenitores, onde recolheu após ter sido ferido com arma de fogo, em circunstâncias ainda não totalmente esclarecidas, alegadamente durante uma tentativa frustrada de assalto a uma residência». Foram ainda recuperados cinco veículos automóveis que o suspeito havia furtado durante o período em que esteve fugido e apreendida uma arma de caça (9 mm) e 15 cartuchos. O detido andava habitualmente armado, possuía antecedentes criminais e está a ser investigado pela prática de dezenas de crimes perpetrados nos concelhos de Pinhel, Trancoso, Celorico da Beira, Sernancelhe e Mêda, nomeadamente por furto de veículos, de metais (cobre, ferro e ferramentas) e em estabelecimentos comerciais, bem como condução ilegal e abuso sexual de menor (adolescente). O indivíduo regressa agora à prisão para cumprir uma pena de 14 meses decretada pelo Tribunal de Espinho pelo crime de condução sem habilitação legal, encontrando-se já a cumprir pena no estabelecimento prisional de Coimbra.
Entretanto, decorrem os inquéritos pelos crimes de fuga e resistência às autoridades. Nas últimas duas semanas esteve «sempre sob vigilância da GNR, mas como estava armado foi necessário esperar pelo momento certo para o capturar sem causar danos colaterais», adiantou fonte da GNR. O INTERIOR sabe que Paulo Filipe chegou a telefonar à Polícia Judiciária, dizendo que estava ferido e queria entregar-se, mas sem nunca revelar o sítio onde se encontrava. «Chegou ao ponto de referir que tinha havido dois incêndios por perto nesses dias», revelou fonte da PJ. De resto, o fugitivo nunca terá saído das imediações da sua terra natal, Póvoa d’El Rei, onde foi visto por uma patrulha da GNR um dia depois de ter escapado da prisão. Contudo, os militares não o conseguiram apanhar. A “aventura” de Paulo Filipe começou na madrugada de 31 de julho. O jovem tinham sido detido pela GNR em Póvoa d’El Rei dois dias antes para cumprir uma pena efetiva de 14 meses de prisão por conduzir sem carta de condução, de acordo com uma sentença do Tribunal Judicial de Espinho. Estava em liberdade condicional – cumpriu cinco dos sete anos a que fora condenado por furtos – quando foi apanhado, tendo sido entregue no estabelecimento prisional da Guarda pelas 22 horas do dia 29.
Só que Paulo Filipe conseguiu escapar da cela onde se encontrava sozinho por uma janela e desceu depois por uma árvore, antes de saltar um muro. Tudo indica que esta fuga se fique a dever à quantidade de processos em que está envolvido e que ganhariam celeridade com a sua prisão.